Pernambucano, aprendiz de Ariano Suassuna, mestre da arte, artista multifacetado. Assim pode ser expresso um pouco do grande artista, Antonio Nóbrega, que esteve no palco do Artes de Março, nesta terça-feira (28), e abrilhantou o festival como uma apresentação que uniu o melhor da música, dança e poesia.

Com uma irreverência sem igual, Antonio Nobrega, fez uma bela homenagem ao dramaturgo, romancista, ensaísta e poeta, Ariano Suassuana. O sertão e suas particularidades foram contados e cantados em um emotivo recital.

A relação entre os dois artistas iniciou em 1970, quando Suassuna fundou o Quinteto Armorial e convidou Antonio para integrar o projeto, na época como violonista. A partir desse momento as obras artísticas se estreitaram e nasceu uma forte amizade.

Essa proximidade e as vivências ao longo da carreira, fizeram Antonio se tornar um artista consagrado. No entanto, ele ressalta que é necessário muita expiração para realizar um trabalho com qualidade. “Tem que haver uma disposição de tentar fazer as coisas, se não com a perfeição, com qualidade. Bom tempo da minha vida trabalho minha voz, meu corpo e estudo. Nada disso cai do céu, então, qualquer artista sabe que qualquer coisa rica e com significado exige mais expiração que inspiração. Eu devoto minha vida ao trabalho artístico”, ponderou.

A disponibilidade a arte foi percebida pelo público que interagiu durante todo o show. É o caso da dona Maria do Rosário que disse estar acompanhando todas as apresentações. “Estou vindo para todos os shows e o do Antonio foi sem dúvida um dos melhores. O Piauí necessita de festivais com o Artes de Março”, ressaltou.

E as apresentações continuam nesta quarta-feira (29), com a presença do cantor Lázaro do Piauí que colocará todos para dançar e cantar. Já as exposições fotográficas e de artes plásticas seguem até o dia 31 de março, na praça de eventos I.