Vereadores do PP são acusados de infidelidade partidária na Justiça Eleitoral do Piauí

A próxima semana será de decisão na política de Dom Inocêncio. Dois vereadores da oposição acusados de infidelidade partidária serão julgados na terça-feira (31) pelo Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) e podem ter os mandatos cassados. Genin e Antônio do Delim, ambos do Partido Progressista (PP), são réus em ações que pedem a perda dos mandatos.

A ação contra Genin foi movida pelo suplente Nelito Costa (PSB) e o processo contra Antônio do Delim foi protocolado por Bento Isael (PSD). Ambos acusam os dois parlamentares de terem saído dos partidos pelos quais se elegeram em 2012 fora do prazo permitido pela legislação eleitoral e supostamente sem justa causa, o que configura infidelidade partidária.

Antônio do Delim saiu do PSD após o partido migrar para o grupo do atual prefeito Nenê (PSDB), a quem ele faz oposição. Enquanto isso, Genin deixou o PSB, partido que estava filiado desde 2007, também devido a aproximação de lideranças da sigla com o grupo do atual gestor municipal.

Des. Edvaldo Moura é o relator da ação contra Antônio do Delim (Foto: Gustavo Almeida/G1)

Os suplentes ingressaram com as ações ainda em novembro de 2015, logo após as saídas dos dois parlamentares. O relator do processo contra Antônio do Delim é o desembargador Edvaldo Moura e o juiz José Vidal de Freitas relata a ação contra Genin. Se os dois forem cassados a oposição será praticamente dizimada da Câmara Municipal, já que eles são os únicos vereadores no grupo oposicionista.

O suplente Nelito Costa, que assumirá em caso de Genin ser cassado, tem mantido postura relativamente independente, sem se aliar ao atual prefeito, mas também com pouco trâmite no grupo da oposição encabeçado por Virgínia (PP). A sessão de julgamento no TRE-PI vai acontecer durante a manhã da terça-feira.

O vereador Raimundo do Lero (PSDB), que também era alvo de um processo de cassação movido por Nelito Costa, foi absolvido na última segunda-feira (23) após o desembargador Joaquim Dias de Santana votar contra a perda do mandato e encerrar o julgamento em 4x3 pela improcedência do pedido.

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