Repercute nessa quinta e sexta-feira, 23 e 24/12, em portais de Teresina e nas redes sociais, matérias e notas jornalísticas produzidas com base em extratos de pagamentos feitos a agências de viagens, sobre despesas com transportes aéreos e hospedagens feitas pelo governador Wellington Dias e a sua família.
Os documentos que embasam as matérias foram vazados do Gabinete Militar do governador. Viagens realizadas em maio e junho de 2015 foram pagas pelo governo estadual no valor de mais de R$ 24 mil.
Extratos do mês de maio do Gabinete Militar, órgão responsável por despesas básicas do governador, revelam o pagamento do aluguel de um jatinho, no valor R$ 13 mil em maio, para uma viagem do filho do governador, Vinicius Dias, ao litoral piauiense.
Nesse mesmo período consta ainda o pagamentto da estadia do filho numa pousada, o que custou aos cofres públicos R$ 4.072,00. Nos dias 4 e 7 junho os três filhos do governador se hospedaram numa pousada no litoral piauiense, cuja despesa corresponde mais de R$ 10 mil com direito a acompanhantes.
Uma nota divulgada pelo Gabinete Militar do governo argumenta que as viagens tem amparo legal, cuja lei de 28/2003, garante que o Estado deva arcar com os custos com transportes e de segurança do governador e seus familiares.
Em administrações que antecederam o primeiro mandato do governador Wellington Dias era considerado "normal" o chefe do executivo e seus familiares fazerem das administrações públicas uma extensão de suas casas e, o pior, de suas despesas. E mais grave era que essa relação viciada sequer tinha a prestação de contas divulgada e muito menos esmiuçada e mais, essa prática era feita sem qualquer cerimônia de estar lesando os cofres públicos.
Mesmo com o amparo legal da lei tanto o governador quanto qualquer outro gestor público tem a obrigação de prestar contas de seus atos, afinal o Estado é uma instituição pública, cujo dono é o povo. Mesmo o gabinete do governador tendo divulgado uma nota não isenta de que o assunto seja esmiuçado e esclarecido para que não sejam cometidas injustiças ou mesmo o uso de recursos públicos possa ou continue sendo usado de forma irregular.
É fato, que logo depois das eleições municipais, o governador Wellington Dias teve que enfrentar um boato nas redes sociais de que teria enviado a Assembléia Legislativa um projeto garantindo mordomias aos governadores para serem usadas após deixarem os mandatos. Depois vieram denúncias sobre o uso da máquina pública nas eleições municipais. E agora, as denúncias quando ao uso de passagens aéreas e hospedagens pelo governador e a sua família.
Com a internet cada vez mais forte, as cobranças da opinião pública cada vez mais frequentes por maior transparência no uso dos recursos públicos, a guerra já deflagrada da sucessão estadual de 2018, com parte da mídia querendo arrancar grana da CCOM, com a "base aliada" toda entranhada no karnak e agora mais recentemente a PEC 03 - Estadual, os gestores públicos têm que ficarem cada vez mais veacos. Afinal, desde junho de 2013 o Brasil vem sendo passado a limpo, maior transparência dos gastos públicos vem sendo exigida e, principalmente, dos governos petistas; já dos outros partidos, nem tanto!
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