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Editorial

contato@acessepiaui.com.br

10/01/2017 - 14h40

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Editorial

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10/01/2017 - 14h40

Será que a dívida de Firmino com usuários de ônibus será paga?

O prefeito Firmino Filho iniciou neste mês de janeiro seu quarto mandato na Prefeitura de Teresina. Ao que parece ainda não caiu a unidade de que um dos maiores problemas da capital piauiense, ao lado da saúde, é o sistema de transportes coletivos.

 

Já são quase três décadas que Teresina é administrada pelo PSDB. Tudo começou com o prefeito Wall Ferraz, que durante seus mandatos priorizou a urbanização e saneamento de favelas e vilas da capital. De 1985 pra cá novas demandas foram postas, logo as cobranças por resultados cresceram, e muito. Basta ver quantas manifestações e protestos vem sendo feitos nos últimos anos pela melhoria do sistema de transportes públicos da capital. 

 

Durante todo esse tempo, a maior ameaça que o grupo político que continua a frente da PMT teve, foi quando o então vice-prefeito Elmano Ferrer (PTB), assumiu a PMT com a saída do prefeito Sílvio Mendes (PSDB) para se candidatar a governador. Em dois anos, Elmano fez o que os tucanos sempre deixaram para depois, ou seja, investiu no Lagoas do Norte, iluminou a cidade inteira, construiu viaduto e passagens sobre a linha férrea e, começou a mexer na caixa preta dos transportes coletivos, ou seja, inaugurou, mesmo com muitos problemas, o sistema de integração. 

 

Em sua terceira gestão, que findou agora em dezembro de 2016, Firmino Filho finalmente começou a despertar para o problema dos transportes coletivos da capital. Fez uma nova licitação que não resultou praticamente em nenhuma novidade e, o pior, em qualquer melhoria para o sistema, ou seja, as mesmas empresas que já operavam as linhas por mais de 20 anos, permaneceram com os mesmos problemas e dificuldades. 

 

Também em sua terceira gestão, o prefeito conseguiu e iniciou - no último ano do mandato - a construção de novas paradas de ônibus para Teresina e os terminais de integração. Essas ações devem ser relativamente comemoradas, pois com as novas paradas, as principais avenidas da capital estão ficando mais largas, dando cada vez mais lugar aos veículos e tirando as calçadas dos pedestres. Sem falar que a integração até agora funciona de forma pífia. 

 

A verdade é que o prefeito até agora tem passado apenas de raspão nos problemas dos ônibus coletivos da capital. Tem dificuldades para cobrar dos empresários a modernização da frota, para colocar ar condicionado nos coletivos, de ampliar o número de linhas, sensibilizar, manter e trazer novos usuários para o sistema e, o mais importante, não tem conseguido negociar  uma passagem inteira mais compatível com a renda da maioria dos trabalhadores teresinenses. 

 

Enquanto isso, o sistema que além de não conseguir atrair mais usuários, perde muitos dos atuais que preferem improvisar com motos e bicicletas a ida e volta para o trabalho, sem falar que a classe média, mesmo pagando combustível mais caro, continua preferindo o carro próprio, pois o sistema de transporte público funciona mal.   

 

Se Firmino deseja voos mais altos na política a partir de 2018 terá que melhorar - e muito - o sistema de transporte coletivo da capital, do contrário suas vitórias nas urnas serão cada vez mais magras, tal como aconteceu na disputa com Elmano e agora mais recentemente com Dr. Pessoa.

 

O pior é a Câmara Municipal, cuja maioria dos vereadores apoia o prefeito, não debate essa questão ou sequer propõe soluções para que este velho problema seja em grande parte superado e, os usuários, passem a sentir de fato e, de verdade, a melhora do serviço de transportes coletivos de Teresina.  
 

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