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Editorial

contato@acessepiaui.com.br

13/02/2017 - 16h46

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Editorial

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13/02/2017 - 16h46

W.Dias acomoda PMDB e mais ainda o PP e o PT abre berreiro

O pragmatismo de Wellington Dias (PT) está a todo vapor. O governador nos bastidores costura para acomodar o PMDB e mais ainda o PP em sua administração, enquanto que as reclamações dos petistas se multiplicam. 

 

É que 2018 começa apontar no horizonte e, Wellington Dias, a exemplo de sua primeira reeleição em 2006, busca ampliar sua base de apoio. Com isso apara arestas das eleições de 2014 e, usando do pragmatismo que lhe é característico, pretende acomodar o PMDB que agora tem o controle da máquina federal apoiado até os dentes pelo PP de Ciro Nogueira.

 

Como o PT está vivendo uma eleição interna para renovação de seus diretórios, os candidatos agora esboçam na surdina um descontentamento com o pragmatismo de W.Dias. Encenam serem contra a estratégia do governador que afaga e premia os "golpistas" que apearam a presidente petista Dilma Rousseff do poder.

 

Com essa jogada, W. Dias que não é cultivar arestas com partidos e lideranças políticas de nenhuma sigla, acena para composições, alianças políticas que o ajudem viabilizar a sua reeleição. Isso o governador faz sem a menor preocupação com posturas ideológicas ou pressões petistas para que siga este ou aquele caminho.

 

Aliás, W. Dias costura acordos que num primeiro momento muitos petistas reclamam, mais que quando dão certos são os primeiros a serem beneficiados pelas estratégias do governador. Agora, caso Wellington fracasse nessa mais nova estratégia, os petistas cobrarão a fatura com juros e correção monetária. 

 

No fundo o governador, com seus botões, imagina que existe hoje um consenso entre os conservadores - grandes grupos empresariais, mídia tradicional, judiciário e congresso nacional - que o governo Temer se estenda até o final de 2018. Logo, quem ficar contra isso será condenado a administrar com a penúria de recursos até lá. Essa lógica só será abalada caso uma avalanche das delações da Odebrecht joguem na lama todo o governo Temer. 
 

 

O governador W. Dias sabe que o PMDB, PP, PSDB e DEM são hoje os partidos mais orgânicos que dão sustentação ao governo Temer. Sabe ele também que se ceder secretarias para esses partidos poderá garantir e trazer mais recursos para obras e serviços nesses dois últimos anos do seu terceiro mandato e, caso isso aconteça, renderá dividendos para a sua popularidade e turbinará a sua reeleição. 

 

Como o cenário de composições políticas para 2018 não será definido totalmente este ano, o governador W.Dias está agora usando de estratégia para deixar a porta aberta para futuras composições. Ele navega contra o isolamento em que Dilma foi submetida, afinal a experiência ensina que eleição não se ganha apenas com apoio popular, é preciso também fazer alianças. 

 

Agora, que o governador W.Dias fique também de barbas de molho, porque assim como ele agora está deixando a porta aberta para futuras composições, o PP, o PMDB e PSDB podem dar um balão nele mais na frente, ou seja, aceitarem secretarias agora e mais adiante rejeitarem seguir com ele e decidirem apoiar outro(a) candidato(a) de oposição, que poderá ser até mesmo a vice-governadora, Margarete Coelho.    

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