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23/05/2017 - 08h18

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23/05/2017 - 08h18

Temer, a Velhinha de Taubaté e os camisas amarelas

O ainda presidente Temer disse coisas na entrevista à Folha, publicada na última segunda-feira, 22/05, que fariam corar a Velhinha de Taubaté, a personagem do escritor Luis Fernando Verissímo que acreditava em todas as lorotas dos políticos.

 

Temer alegou ter recebido Joesley Batista à noite, sem registro na agenda oficial, para discutir os efeitos da Carne Fraca. Isso só seria possível se o empresário fosse dublê de vidente. O encontro do Jaburu aconteceu dez dias antes da operação da PF.

 

O presidente disse que "nem sabia" que Joesley era alvo de investigações. Na data da conversa, nenhum leitor de jornais poderia ignorar que o empresário era suspeito de provocar desfalques em fundos de pensão, no FI-FGTS e no BNDES.

 

Temer foi questionado sobre Rodrigo Loures, que é assessor de Temer, que foi filmado correndo na rua com uma mala de dinheiro. Respondeu que o deputado é uma pessoa de "muito boa índole".

 

A Velhinha de Taubaté ficou famosa como a última brasileira que confiava no governo. Morreu em 2005, quando assistia ao noticiário do mensalão. Na época, Temer exercia o quinto mandato de deputado. 

 

Enquanto isso, os movimentos que diziam não ter "corrupto de estimação" desistiram de ir às ruas no último domingo. Seus líderes trocaram a camisa amarela pela chapa branca. 

 

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Bernardo Mello Franco é jornalista, no Jornal Folha de São Paulo. 

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