Está provado que o governo do golpe parlamentar-constitucional-judicial pátrio errou de todas as formas. Errou na concepção, por ser originado em excrescência institucional. Errou na governação, por não haver discussão dos problemas nacionais, não possuir plano de governo e o timoneiro não reunir condições moral-técnico-política-administrativas para governar.

Só os arrivistas, os oportunistas, poderiam esperar alguma coisa. Pois esses acreditam até no ET de Varginha-MG, contanto que faturem pessoalmente alguma vantagem. O fato é que a dura realidade bate na porta de todos os brasileiros.

Nesse cipoal de dificuldades, Henrique Meirelles foi guindado a capitanear a economia brasileira em nome do mercado. E adotou política econômica de austeridade fiscal, que, segundo especialistas, arma uma herança maldita para o próximo presidente da República.

O cacique da economia tem anunciado recentemente o aumento das metas do déficit fiscal de 139 bilhões para 159 bilhões de reais neste ano e de 129 bilhões para 159 bilhões de reais em 2018, o que mostra o fracasso completo da austeridade fiscal. E isso depois do corte de investimentos federais, perdão de dívidas de empresários e fazendeiros e o gasto desenfreado com emendas parlamentares para o mandatório continuar no poder.

A crise fiscal do governo golpista provocou receitas de impostos em queda e despesas em alta, ainda levou o governo a cortar verbas para as universidades e limitar os repasses do SUS, isso para ficar só na educação e saúde. Enfim, o próximo governo legitimado pelo povo terá como herança do Meirelles uma massa de desempregados, déficit fiscal mais alto e economia estagnada, conforme economistas.

Chegou mais um 7 de setembro, marco histórico da Independência do Brasil. Já são 195 anos de emancipação e luta dos brasileiros na busca de uma Nação desenvolvida. Contudo, está-se longe desse desfrute, pois além dos arraigados problemas sociais, econômicos, morais, éticos, culturais etc., existem ainda, no campo politico, retrocessos como saídas para o presente e o futuro, a exemplo do vigente golpe parlamentar-constitucional-judicial como meio de alcançar uma pujante Pátria. São, pois, erros, vícios e defeitos sucessivos e superpostos.

*Deusval Lacerda de Moraes é economista