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Cotidianos

washingtonfilho13@hotmail.com

08/06/2015 - 10h43

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washingtonfilho13@hotmail.com

08/06/2015 - 10h43

Educação para o trânsito é possível

A responsabilidade pela mudança é do poder público e da própria sociedade. A prática pela solidariedade nas vias ainda é possível.

 

Os acidentes em vias públicas no Brasil e no Piauí aumentam a cada ano. Problematizar o comportamento de motoristas, motociclistas, ciclistas e até de pedestres é cada vez mais necessário, mesmo com a elevada quantidade de notícias, reportagens e publicações que abordam a temática. Parece que não fazem efeito desejado de conscientização.

 

É problema de saúde pública e mobiliza diversos órgãos, a exemplo da Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que tem feito campanhas educativas e lançado medidas preventivas constantemente, além de orientar instituições públicas e privadas sobre como abordar da melhor forma o assunto. É preciso pensar de forma estratégica. Pôr em prática boa gestão, planejamento, monitoramento de resultados e avaliação constante, a fim de rever e repensar medidas que não devem ser apenas paliativas e com vida útil curta.

 

Dados da OMS e OPAS apontam que entre jovens de 10 a 19 anos, a principal causa de morte está relacionada a acidentes no trânsito; 44 mil famílias, por ano, no Brasil, sofrem porque perdem entes queridos em acidentes nas vias; 1,2 milhão é o total mundial, por ano, de mortes no trânsito.

 

Louváveis são as diversas iniciativas elaboradas para amenizar ou sanar a problemática, sejam elas educativas ou mesmo à base da sanção – sem abusos. O trânsito deve cada vez mais ser discutido no dia a dia, na escola, em rodas de amigos, nas universidades. Não apenas com foco na infração e respectiva punição, mas também trazendo à tona o quão é importante pensar na educação para o trânsito efetiva.

 

É algo latente: o indivíduo deve estar atento que a qualquer momento pode, por exemplo, ser vítima da imprudência no trânsito decorrente da irresponsabilidade de motoristas e motociclistas que trafegam embriagados e fecham os olhos à fiscalização; sem contar a imprudência dos próprios pedestres, que cruzam as ruas fora das faixas para este fim, quando estas existem... É preciso sensibilização, cair na real e pensar em mudanças, partindo tanto de quem usa as vias públicas quanto das instâncias fiscalizadoras competentes.

 

A violência no trânsito para ser minimizada precisa da união não somente do poder público. Pode se somar à força da sociedade civil, pois mudar é possível se houver solidariedade e compromisso mútuo entre os envolvidos, quer dizer, entre os membros de quaisquer coletividades, em especial, de quem, por algum momento, se torna protagonista dessa história: pedestres, ciclistas, motociclistas e motoristas.

 

Washington Moura Filho é Jornalista, professor universitário e Mestre em Comunicação

Washington Moura Filho

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