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Quinta-feira, 25 de abril de 2024
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Mauro Sampaio

mauroadrianosampaio@gmail.com

20/11/2015 - 18h34

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Mauro Sampaio

mauroadrianosampaio@gmail.com

20/11/2015 - 18h34

O direito de não ser patriota

Deputado tucano desarquiva projeto de lei que estabelece a obrigatoriedade do juramento de fidelidade à nação brasileira na sala de aula, diariamente

Manifestante patriota. O Brasil precisa de juras de amor? (foto: Mauro Sampaio)

 Manifestante patriota. O Brasil precisa de juras de amor? (foto: Mauro Sampaio)

É surpreendente um deputado social-democrata apresentar um projeto de lei que obriga os estudantes a prestarem juramento diário de fidelidade ao Brasil, e diante da bandeira nacional, na sala de aula. Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) mais parece Jair Bolsonaro (PP-RJ) ao querer instituir nas escolas públicas e privadas a seguinte saudação, de feição bastante militar:

 

Perante esta Bandeira, sob a proteção de Deus, prometo defender a Nação Brasileira, a democracia, a liberdade, a justiça, a paz, a vida, sob todas as suas formas, o território brasileiro e os recursos naturais.

 

A democracia, em comunhão com a liberdade, desobriga qualquer civil a ser um patriota de carteirinha. Obrigar estudantes a jurar fidelidade ao País, ainda mais rogando a proteção de Deus, aproxima-se de uma alienação fundamentalista.

 

A Constituição assegura a liberdade de consciência e de crença. Quem não quer, tem todo o direito de não ser patriota e de não acreditar em Deus. O tucano Hauly insiste com um projeto autoritário, apresentado em 2003, que já estava no fundo da gavetas do esquecimento dos parlamentares.

 

 

Mauro Sampaio

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