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Quinta-feira, 25 de abril de 2024
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Nícolas Barbosa

nicolasnunesbarbosa@gmail.com

19/08/2016 - 07h33

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Nícolas Barbosa

nicolasnunesbarbosa@gmail.com

19/08/2016 - 07h33

Saiba como escolher as melhores cajuínas e castanhas

Especialistas ajudam a definir o que é importante na escolha do derivado do caju

Cajuína com amarelo brilhante é a melhor

 Cajuína com amarelo brilhante é a melhor

O caju certamente é a fruta que melhor representa o Nordeste. Mas no Piauí, a presença do fruto está mais ligada culturalmente do que em outros estados da região. O cajueiro se adaptou perfeitamente às características climáticas piauienses. Por não exigir largo aparato tecnológico para a maioria dos seus derivados, a cajucultura está presente em todos os municípios do Piauí sendo executada por pequenos e médios produtores rurais.

 

Voluntários se unem à comunidade local por Serra da Capivara

 

Esses fatores são fundamentais para perceber que quem vem ao estado deve conhecer produtos a base de caju. Hoje, o objetivo é tentar explicar como identificar um produto de boa qualidade. Especialistas da Embrapa e do Sebrae ajudaram o blog a desenvolver essas dicas que vão ajudar o leitor a consumir melhor os principais produtos do caju no Piauí, a cajuína e a castanha.

 

Cajuína

 

Selo que indica que a cajuína é do estado

 

A cajuína certamente é o produto do caju mais identificado com o Piauí. Além de ter sido certificada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como Patrimônio Imaterial Cultural do estado, a cajuína piauiense já ganhou um selo de qualificação que determina sua unicidade. Derivado mais nobre dos cajueiros, a bebida era consumida pelos índios para comemorar a vitória em batalhas. Atualmente ela evoluiu e a Embrapa já desenvolveu clones de caju que incrementam em sabor.

 

A primeira característica de uma boa cajuína é bem visível. A cor da bebida deve ser de um amarelo brilhante, que é resultado da qualidade do processo de produção. Quanto mais esbranquiçado o produto, pior seu gosto e doçura. Outro aspecto importante a ser analisado é a origem. Sempre observe no rótulo a cidade em que foi produzida a cajuína, pois mesmo no Piauí recebe-se garrafas vindas de outros estados que tem processos mais industriais.

 

Arroz Maria Izabel, creme de galinha e paçoca. O arrumadinho do Piauí

 

O Sebrae tem incentivado a profissionalização dos produtores. Dessa forma, um aspecto que ganha força é a presença do rótulo com a descrição do material utilizado na produção. Além de garantir a segurança alimentar, o rótulo informa se o produto usou materiais artificiais, algo que não está presente na cajuína tradicional do Piauí.

 

José Lopes desenvolveu a pesquisa da Embrapa sobre a cajuína

 

Castanha

 

A castanha de caju é considerada uma das amêndoas mais saborosas do mundo. A escolha de um produto de qualidade depende muito do consumidor. A única certeza que há é que a castanha deve ser bem maciça e dura, o que faz ela mais crocante, e não deve ter uma cor uniforme, tendo suas pontas quase avermelhadas.

 

Castanha de qualidade não tem uniformidade em sua cor

 

A parte que cabe ao consumidor é escolher se prefere um alimento mais artesanal ou industrial. Muitos preferem a castanha feita artesanalmente, que geralmente ganha em sabor por ter sido produzida há menos tempo e ser bem torrada. Entretanto, há quem prefira a industrializada pela questão da segurança alimentar. O consultor do Sebrae Robert Ferreira lembra que a castanha artesanal é feita em terrenos e o processo de queima é parado com areia.

 

Sobre o produto industrial existem diversas variedades. É possível encontrar as castanhas menores e mais salgadas e as mais bem trabalhadas e saborosas que custam altos preços. A maior parte do beneficiamento é feito no Ceará, mas a maior parte da matéria prima de qualidade é encontrada no Piauí.

 

 

Nícolas Barbosa

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