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Redação

contato@acessepiaui.com.br

02/02/2018 - 14h54

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02/02/2018 - 14h54

Juiz Sérgio Moro tem imóvel em Curitiba, mas recebe auxílio-moradia

O magistrado fez uso de decisão liminar de setembro de 2014, do ministro do STF, Luiz Fux, para passar a receber auxílio-moradia no valor de R$ 4.378,00.

 Brunno Covello/Folhapress

Fachada do prédio onde vive o juiz Sérgio Moro, em Curitiba-PR

 Fachada do prédio onde vive o juiz Sérgio Moro, em Curitiba-PR

Três quilômetros separam a sede da Justiça Federal de 1º Grau do Paraná da residência do juiz Sergio Moro, responsável pelo julgamento dos processos da Lava Jato. 

É esse o trajeto percorrido pelo magistrado desde 2003, quando assumiu a primeira vara especializada em crimes contra o sistema financeiro, em Curitiba. No ano anterior, comprou um imóvel de 256 metros quadrados no bairro do Bacacheri, de classe média.

Em junho de 2002, Márcio Antonio Rocha, juiz federal do TRF-4, vendeu o apartamento para Moro por R$ 173.900 (R$ 460 mil em valores atualizados).

Como dono de imóvel próprio na capital paranaense, Moro fez uso de decisão liminar de setembro de 2014, do ministro do STF, Luiz Fux, para passar a receber auxílio-moradia no valor de R$ 4.378,00.

Fonte: Jornal Folha de São Paulo, desta sexta-feira, 02/02/2018. 

Atualmente o salário mensal no início de carreira de um juíz ou procurador fica em torno de R$ 27.500,00; isto sem incluir outros adicionais, inclusive o auxílio-moradia.  

O juiz Moro, por exemplo, tem um salário-base de R$ 28.948, a remuneração bruta dele chega a R$ 34.210, se somados os benefícios — acima, portanto, do teto constitucional que é de R$ 33.763. Em dezembro de 2017, Moro ganhou gratificações no total de R$ 6.838, elevando o salário para R$ 41.047.

Em declaração ao Jornal O Globo, nesta sexta-feira, 02/02, Moro disse que o auxílio-moradia é uma compensação por conta da "falta de reajuste dos vencimentos desde 1º de janeiro de 2015 e que, pela lei, deveriam ser anualmente reajustados”, 

Perguntas que não querem calar: Por que os magistrados não reinvindicam a diminuição da alíquota do Imposto de Renda para beneficiar uma faixa maior de servidores dos três poderes? Por que grande parte da classe média brasileira e aqueles que arrotam ética não se indignam? Imagine o que aconteceria com uma mãe de família que trabalha como empregada doméstica, mas também ganha o Bolsa Família para sustentar os filhos?

Cabe aqui também lembrar da sabedoria bíblica, no evangelho de Mateus: "Por que vês o argueiro (cisco) no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que tens no teu?"

Brunno Covello/Folhapress

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