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26/05/2015 - 07h14

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26/05/2015 - 07h14

Teatro popular estreia em Teresina; confira a programação

"Casimira Quietinha" estreia no 4 de Setembro.

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Mais uma estreia local abre as portas do Theatro 4 de Setembro e ocorre dentro do Lançamento do Projeto Terça Teatro, a mais nova empreitada de interação artística e integração cultural do Complexo Cultural Club dos Diários/Theatro 4 de Setembro. 

 

Dia 02 de junho, às 20 horas, o Grupo Mosay de Teatro apresenta "Casimira Quietinha", com direção de Avelar Amorim. O texto escolhido à montagem foi premiado no Concurso “Novos Autores”, promovido pela Fundação Cultural Monsenhor Chaves, como o Melhor Texto de teatro, de autoria do dramaturgo Waldílio Siso. 

 

O enredo dramático cômico da peça revela-se em uma Casimira, adolescente de 12 anos, que habita algum lugar fora da nossa contemporaneidade, nos cafundós nordestinos de um tempo quase surreal. A donzela é cortejada, insistentemente, por Benjamim, um rapaz de 19 anos que a encontra por consequência do destino em sua pacata vida cotidiana do interior. 

 

Depois de muita insistência, a menina parece ceder os galanteios do “caboquinho” apaixonado. O romance poderia seguir, naturalmente, se não fosse o controle das rédeas mantido pelo rude e grosseiro Zé Mourão, pai de Casimira. Este descobre o que seria o início do romance, num ato do encontros às escondidas, do casal, que ocorrem debaixo de pés de pequis. 

 

A partir daí persiste o impasse em tom e tempo de muita comédia, na tentativa do desenrolar da farsa. Casimira usa máscara de quietinha perante o temido pai, mas deixa transparecer corpo, voz e intenção do cinismo à perversidade, quando expõe garras da persona impura camuflada e personificada. Mas é com apoio de uma figura kit e caricata, de um delegado, que a farsa se desembaraça embaixo de muito jogo de corpo, pedaladas de bicicleta e formas animadas de plástico-bolhas.  A farsa em prosa e versos rimados suspira a estrutura de pura carpintaria dramatúrgica da comédia e do repente, trazendo o imaginário de figuras de uma composição de xilogravura. 

 

Para o diretor da montagem, Avelar Amorim, "a escolha do elenco foi pensada em reunir atores de excelente domínio cênico do tempo da comédia, como a premiada atriz Edithe Rosa que interpreta a Casimira; Eristóteles Pegado, como Benjamim; Roger Ribeiro, como Zé Mourão e Alex Zantelli que interpreta o Delegado" diz. 

 

Cada elemento cênico, ainda acrescenta Amorim, foi cuidadosamente escolhido na busca de uma unidade plástica da farsa teatral. A cenografia é assinada por Avelar Amorim; a Trilha Sonora foi composta, exclusivamente, para o espetáculo pelo músico Avelange Amorim. O Figurino é uma parceria entre Avelar e Edithe Rosa e a Pesquisa de Maquilagem e Execução é de Silmara Silva. A Iluminação de Pablo Erickson.

 

O Grupo Mosay de Teatro vem com um histórico de montagens, em seu repertório, que repercutem sucessos. "Apareceu a Margarida", texto de Roberto de Athayde e direção de Avelar Amorim, é um dos exemplos de sucesso da Companhia. Depois do Prêmio de Melhor Atriz, conquistado por Edithe Rosa, no Festival Nacional de Monólogos "Ana Maria Rêgo", o Mosay de Teatro numa natural empolgação buscou gás de inspiração "em montar seu próximo trabalho num corpo mais técnico e de plasticidade cênica. Para isso, optou por beber das fontes nordestinas e da confiança dramatúrgica de raízes de casa. Casimira Quietinha foi o texto escolhido, uma comédia romântica com farsa, prosa e uma suada luta por beijos", confessa Avelar e finaliza categórico que o texto de Waldílio Siso "já foi alvo de exercício de alguns grupos amadores de Teresina e agora é mote de aposta de sucesso por um elenco de quatro atores profissionais e direção ousada e pitoresca". 

 

"Casimira Quietinha", para Waldílio Siso, é um grande privilégio de aceitação e montagens de teatro amador. Ele computa, em seu histórico de autor visitado, sete montagens anteriores a de Avelar Amorim. Satisfeito, orgulhoso, o dramaturgo aponta estar muito feliz. E alimenta uma ótima expectativa para essa mais nova versão para sua Quietinha.

 

É esperar para crer e ver essa leitura quentinha de Casimira Quietinha que chega a Teresina em ventos de junho à promessa de agitar a cena local.

 

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