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24/06/2016 - 08h48

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24/06/2016 - 08h48

Polícia Federal investiga máfia de shows públicos no Piauí

Industria dos festivais: prefeituras superfaturam cachês e infraestrutura de shows em praça pública.

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A Polícia Federal, a Receita e o Ministério Público Federal estão investigando uma "máfia" dedicada a fraudar a compra e venda de shows públicos de grandes artistas.


Segundo levantamento a fraude na contratação, superfaturamento de cachês ou infraestrutura de shows públicos realizados por prefeituras em várias cidades do país, pode passar de R$ 100 milhões apenas nos últimos três anos.


Por enquanto há investigações em curso no Piauí, Pernambuco, Bahia, Pará, Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, São Paulo, Rio de Janeiro e Amazonas.


A investigação começou em 2010, no interior de São Paulo, e depois se espalhou pelo país. Somente no interior de São Paulo há R$ 15 milhões já bloqueados pela Justiça a pedido do Ministério Público Federal.


O Ministério Público Federal iniciou as investigações a partir do interior de São Paulo. O Procurador da República em São Paulo, Thiago Lacerda Nobre, disse que quando viajava a trabalho pelo interior de São Paulo começou a perceber que algumas cidades minúsculas estavam fazendo eventos com artistas de renome nacional, cujos cachês eram caríssimos.


"Começamos a investigar porque não havia como aquelas cidades bancarem tantos shows e festas de peão. Acabamos descobrindo uma série de irregularidades, que envolviam não só as cidades, mas até o governo federal, que era fraudado por meio de convênios culturais", ressalta do procurador.


Segundo Lacerda Nobre, somente no interior de São Paulo 32 cidades com governantes ou contratantes (de áreas culturais ou de eventos) estão hoje sofrendo ações de improbidade; além disso, há dez ações criminais em curso contra ex-prefeitos suspeitos de envolvimento ou facilitação das fraudes, e mais R$ 15 milhões já bloqueados até que as investigações terminem.


O Ministério Público Federal confirma de que o esquema envolve centenas de prefeituras e que muitos empresários e mesmo artistas decidiram entrar no "esquema" nos últimos anos. Há uma lista de empresas, empresários e artistas sendo investigados. Dezenas de sigilos fiscais já foram quebrados, com autorização da Justiça.
 

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