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Sexta-feira, 29 de março de 2024
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22/06/2017 - 09h09

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22/06/2017 - 09h09

STF mantem regras das delações da JBS e Fachin como relator

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A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foram favoráveis à manutenção das atuais regras de acordo de delação premiada. O caso, específico, trata das delações feitas pelo empresário Joesley Batista, um dos dono da JBS, com o Ministério Público Federal (MPF).  Entre os questionamentos, estavam os benefícios concedidos ao empresário. Além disso, os magistrados que já se manifestaram também concordam que o ministro Edson Fachin deve permanecer com a relatoria das ações abertas com base nas delações. A partir das delações da JBS, o STF autorizou abertura de investigação contra o presidente Michel Temer (PMDB) pelos crimes de corrupção passiva, obstrução à Justiça e organização criminosa.

 

Os ministros da Corte também entraram em consenso quanto ao fato de que a tarefa de homologar esse tipo de acerto com a Justiça cabe apenas ao relator da ação — no caso, o ministro Edson Fachin — e não ao plenário do Supremo. Ao plenário, caberá, no momento da denúncia, em um segundo momento, analisar se o delator cumpriu com os termos do acordo e a eficácia de sua delação para que possa ter direito ao benefício acordado com o Ministério Público Federal.

 

No início da sessão, o ministro Luís Roberto Barroso começou seu voto elogiando o trabalho do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Para ele, cabe ao MPF definir os benefícios e ao STF decidir se os elementos do acordo foram cumpridos, de maneira satisfatória, no momento da denúncia.

 

Barroso seguiu integralmente o relator, ministro Edson Fachin, que votou na tarde de ontem (quarta-feira, 21), e disse estar convencido de que a colaboração premiada, uma vez homologada, só não será honrada se o colaborador não cumprir com as obrigações assumidas. Ele ponderou a diferenciação do benefício, conforme o que oferece o delator como prova.

 

Além de Fachin e de Barroso, a ministra Rosa Weber, e os ministros Alexandre de Moraes, Luiz Fux e Dias Toffoli seguiram o mesmo entendimento. Ainda faltam os ministros Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello, Ricardo Lewandowski e Cármem Lúcia.

 

Na tarde de ontem (quarta-feira, 22), Fachin votou contra a mudança das regras e defendeu a conexão dos fatos com a Lava jato, o que justifica sua permanência no caso como relator. Em seguida, o ministro Alexandre de Moraes seguiu o voto do relator.

 

O julgamento foi motivado por uma questão de ordem apresentada pelo ministro Fachin, relator dos processos que tiveram origem nas delações da empresa. Os questionamentos sobre a legalidade dos acordos da JBS foram levantados pela defesa do governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, um dos citados nos depoimentos dos executivos da empresa.

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