O atual prefeito de São João do Piauí, Gil Carlos Modesto (PT), vem se desdobrando para reequilibrar as finanças do município. Somente com a Eletrobrás, a dívida chega a R$ 5,6 milhões.
Em outubro de 2013, o prefeito assinou com a Eletrobras um Termo de Compromisso para negociar a dívida com a exigência de que a empresa forneceria um relatório analítico do débito. Devido à incompatibilidade com o orçamento do município, a Prefeitura recusou a proposta sugerida pela empresa, que propõe a quitação do débito por meio de um parcelamento com juros, o que oneraria ainda mais a despesa.
De acordo com o prefeito Gil Carlos Modesto, a proposta oferecida seria inviável, pois comprometeria o pagamento de dívidas mensais da Prefeitura. O prefeito também questiona a origem da dívida e pede comprovações do montante cobrado. Para isso, será realizada, em conjunto com a Câmara Municipal, uma auditoria para avaliar as origens do débito com a Eletrobrás.
"Desde janeiro de 2013, estamos trabalhando para negociar dívidas e organizar a administração pública do nosso município. Aceitando a proposta, teríamos que encaixar parcelas mensais de R$ 55 mil, referentes ao consumo normal de energia mais o valor da parcela do débito. Um valor inviável que comprometeria pagamentos mensais como a folha de servidores e o devido recolhimento dos encargos, por exemplo”, destaca o prefeito.
Mesmo recusando o parcelamento, em novembro de 2013, a Eletrobrás enviou fatura cobrando o valor do débito não negociado. Desde então, a Prefeitura vem tentando dialogar com a empresa para solucionar o problema e suspendeu os pagamentos dos meses seguintes, o que resultou no corte de energia dos prédios da Secretaria Municipal de Educação, Centro Cultural, torre de TV e do antigo açougue, hoje utilizado por feirantes.
Na tentativa de um acordo, na última quarta-feira (24), o prefeito participou de reunião de negociação na Eletrobras, que propôs o religamento do fornecimento de energia após o pagamento do débito referente ao mês de setembro de 2014. A Prefeitura efetuou o pagamento, mas a empresa não cumpriu com sua parte no acordo e exige a quitação do débito dos meses de julho e agosto deste ano. Será realizada uma nova reunião com a empresa, na tentativa de dialogar e chegar a um consenso.
De acordo com o gestor, somente no ano passado foram gastos quase R$ 1,3 milhão dos cofres públicos municipais para o pagamento de dívidas antigas.
Do Liberdade News
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião desta página, se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.