O ministro da Secretaria dos Portos, Edinho Araújo, disse durante audiência realizada nesta quinta-feira (13), na Câmara dos Deputados, em Brasília, que não há orçamento no ministério para a retomada das obras do Porto de Luís Correia. “Não há previsão orçamentária para o Porto de Luís Correia até que se resolva o impasse da prestação de contas dele. Em 2015 não, nós precisamos sanear esse passivo, se não for resolvida essa questão, ficará muito complicada a retomada da obra”.
O deputado Júlio César (PSD-PI) sugeriu que o Porto seja recolocado no PAC e explicou que não há impedimento do Tribunal de Contas da União. “Nós nos sentimos discriminados em investimentos da União. Em relação a continuidade da obra, o próprio relator do TCU acha que não existe o impedimento. Precisamos do apoio do ministro para nos ajudar a colocar o Porto de Luís Correia no Programa de Aceleração do Crescimento, para isso é preciso o apoio integral da bancada e do executivo do nosso estado para solucionar de vez esse problema, se o porto não for incluído no PAC, ele não será concluído”.
O governador Wellington Dias explicou que é preciso solucionar definitivamente a questão do porto e lembrou que o Piauí é o único estado com litoral que não tem a estrutura para receber as embarcações. “Nosso povo não consegue se conformar de sermos o único estado brasileiro com acesso ao mar sem ter um porto, enquanto outros lutam para construir outro ou modernizar o que têm, nós ainda lutamos para ter um", frisou.
Pronto, o Porto de Luís Correia seria o principal meio de escoamento da produção agrícola, mineral e industrial do Piauí e de parte da região dos estados vizinhos, Ceará e Maranhão. Só o Piauí produz em média 13 milhões de toneladas de grãos/ano. Há ainda duas reservas de ferro certificadas em Paulistana e Dom Inocêncio, totalizando mais de um bilhão de toneladas do mineral, além de outras reservas que devem ser exploradas nos próximos anos.
Luís Correia
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