Após a ação criminosa, o casal, em completo estado de choque, foi até a delegacia da Polícia Civil na cidade para registrar um Boletim de Ocorrência (B.O). Mas o órgão da Segurança Pública estava fechado. Situação que se repetiu no sábado, domingo e hoje (30).
Inconformado, na manhã desta segunda-feira o comerciante percorreu 100 km e foi procurar fazer o procedimento em uma delegacia de Floriano, mas teve o pedido negado por um policial de plantão.
Desde o dia 03 de abril, agentes, escrivães e peritos da Polícia Civil do Piauí estão em greve. Investigações e registros de boletins de ocorrência nas delegacias estão suspensos por tempo indeterminado. A categoria reivindica aumento de salários e melhores condições de trabalho.
Estamos sem saber o que fazer, depois de tudo que passamos, com dois bandidos armados dentro da nossa casa, fomos amarrados, tivemos o dinheiro conquistado com muito esforço roubado, ainda não conseguimos nem registrar o ocorrido numa delegacia. Não temos o apoio de ninguém, isso só aumenta nossa revolta”, desabafou a comerciante Antonia Alves.
No início do movimento grevista, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpolpi), Constantino Junior, disse que 30% da categoria seguiria trabalhando, conforme prevê a legislação. Mas o atendimento ao público seria restrito.
Os atendimentos serão somente aos crimes de homicídio, latrocínio, estupro, criança vitima e idoso vítima”, destacou o sindicalista.
O governo assegura que tem buscado estabelecer um diálogo com a categoria, mas as partes ainda não chegaram a um consenso.
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