Segundo Priscila Santos, integrante da Organização Não Governamental “Voluntários por Amor”, no bairro Junco o número de pessoas em situação de rua também tem crescido. Ela e outros voluntários distribuem sopa, roupas e cobertores para essas pessoas.
Outra realidade no município é a vinda de famílias de outras cidades e até estados para se abrigarem em baixo da passarela situada na BR-316, zona urbana da cidade. Essas pessoas, há anos vêm para Picos e se instalam naquele local, são pedintes e não passam mais que dois ou três meses na Cidade Modelo.
O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) é uma unidade pública da política de Assistência Social onde são atendidas famílias e pessoas que estão em situação de risco social ou tiveram seus direitos violados. De acordo com a gestora do centro em Picos, Carla Sandra de Sousa, essas pessoas vêm de outras cidades em busca de ajuda financeira e retornam em poucos meses. Ela contou que a Secretaria de Assistência Social oferece ajuda para as famílias e que muitos são resistentes ao apoio oferecido.
“As pessoas em situação de rua são aquelas que ficam nas praças, mas que geralmente têm famílias, têm alguns que têm até casa própria, mas eles ficam naquela situação de mendicância, de ficar na rua pedindo e a maioria dessas pessoas são usuários de drogas e álcool. A maioria é de outras cidades. No período do meio do ano e fim de ano, próximo ao Natal, vêm muitas pessoas do Pernambuco, do Ceará e eles se instalam em baixo das pontes e ficam e a gente vai lá dar um suporte, atende, ver de onde são, ver se eles querem voltar para suas origens e a gente proporciona a questão de passagens”, explica.
Carla Sandra disse que outro ponto negativo é a utilização das crianças para pedir nas ruas ou residências. Ela conta que já foi oferecida ajuda para essas famílias retornarem às suas cidades, mas eles recusaram.
Fonte: Grande Picos
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