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Editorial

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28/04/2017 - 17h59

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Editorial

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28/04/2017 - 17h59

Estão em jogo: Povo Brasileiro X antigos donos do poder

Felizmente nosso Brasil não é mais um país onde poucos mandam e a maioria obedece. A luta pela redemocratização pós-ditadura de 1964 construiu a Constituição Federal de 1988, garantiu as eleições diretas para presidente e, por consequência, vem ajudando a consolidar a cidadania do povo brasileiro. Portanto, não vamos mais aceitar retrocessos ! 

 

Os antigos "donos do poder" - uma referência cunhada pelo cientista social, Raimundo Faoro - já não têm a força dos tempos dos coroneis do nordeste e os barões da aristocracia paulista e, dos tempos que forçaram Getúlio Vargas a cometer suicídio, difamaram Juscelino Kubitschek e derrubaram João Goulart.  

 

Esse recomeço de reação da sociedade civil brasileira - a greve geral de 28 de abril - as reformas trabalhista e da previdência patrocinadas pelo governo de Michel Temer será um teste para os que ainda se acham donos do poder, pois tal como em tempos passados recorreram a repressão, ao apoio das forças armadas, para impor retiradas direitos sociais e políticos; agora terão a oportunidade novamente de lançar mão do segundo golpe contra o retorno e o avanço da democracia brasileira, já que o primeiro deram em 2016 quando apearam a presidente Dilma Rousseff do poder. 

 

Vivemos um momento histórico de mais transparência e de circulação de informações,  em que as instituições e a própria sociedade civil brasileira estão mais vigilantes, conscientes e amadurecidas.


Só a partir de Constituição de 1988 o Brasil começou por em prática o Estado de Bem Estar Social, que não Europa passou a vigorar após a segunda guerra mundial. Nos últimos 15 anos os habitantes dos médios e grandes centros urbanos passaram a contar com uma mídia alternativa forte e influente, a internet. Os oligopólios de comunicação não são mais vozes únicas que falam ao povo somente o que interessa aos velhos donos do poder. 

 

Essa lógica concentradora das concessões de tv e rádio além de anti-democrática está falida, pois essas concessões são públicas e devem ser regulamentadas como qualquer outra concessão. Portanto, não é mais aceitável, que uma rede de tv, como a Globo e outras usem essas concessões públicas contra os interesses do povo brasileiro. Insistem em agir movidos por interesses do grande capital e dos conservadores. Para se ter uma ideia do absurdo, a concessão pública controlada pelos Marinhos, nessa quinta-feira, 27 de abril, véspera da greve geral, sequer fez qualquer menção ao movimento.

 

Em 2018 a Constituição Brasileira completa trinta anos de promulgada. A retomada das eleições diretas para presidente completa 20 anos em 2019, sendo atropelada agora novamente em 2016, quando os conservadores do Congresso comandados por um parlamentar ladrão que está preso por assaltar a Petrobras e ter contas de propina na Suiça. 

 

A sociedade civil brasileira é desafiada cada vez mais e se impor, influir e decidir por uma agenda política, social e econômica em que ela esteja incluida como cidadã que tem deveres e, que sobretudo, tem direitos.

 

Ocupar as ruas e aumentar a pressão nas ruas, junto ao governo e ao Congresso é a saída para acelerar esse processo de assepsia geral na política brasileira, derrotar as reformas desse governo golpista e exigir o retorno da democracia.

 

Eleições gerais, diretas e imediatas já. Só assim será possível começar a tirar o país desse atoleiro. Só um Presidente e um Congresso com mínimo de legitimidade poderão fazer renascer a esperança dos brasileiros.   

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