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Segunda-feira, 29 de abril de 2024
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Deusval Lacerda

deusvallacerda@bol.com.br

31/08/2017 - 10h10

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Deusval Lacerda

deusvallacerda@bol.com.br

31/08/2017 - 10h10

Não se pode brincar de país

O que se vê na atualidade é uma brincadeira com a nossa Pátria. Alguns não estão levando o Brasil a sério. Talvez, esses nunca o levaram. No momento, o nosso Hino, a nossa Bandeira, o nosso Brasão, o nosso Selo, os nossos valores, tradições e história estão sendo menosprezados pelo oportunismo de plantão.

 

O Brasil não poderia passar pelos solavancos institucionais que está passando, por culpa exclusivamente de grande parte da sua classe dirigente. Crises, instabilidades, dificuldades, problemas, todo Estado soberano se acomete, principalmente agora que se vive no mundo globalizado.

 

Mas isso nunca é motivo de se buscar saída com a tomada do poder através do golpe parlamentar-constitucional-judicial sacrificando o Estado Democrático e Social de Direito, quando, na realidade, a estabilidade democrática é o instrumento de busca da saída eficaz, como fazem os países do Primeiro Mundo.

 

E como tudo isso aconteceu? Impondo aos brasileiros o que eles não queriam. O golpe foi o rebaixamento do Brasil perante o mundo. Um presidente sem nenhum qualificativo para comandar a Nação. Um Congresso Nacional responsável pelos erros cometidos. Um Poder Judiciário de joelhos ao stablishment. Uma grande mídia que desinforma a sociedade e serve ao capital selvagem sem dó nem piedade dos brasileiros. Enfim, um estado de coisas que gera mais fome, miséria e pobreza para a população.

 

E o saldo disso? Um sistema político, econômico, social, jurídico desmoralizado, deplorável e vilipendiado. E ainda perseguição a quem não tem culpa. Ameaça de condenação de inocentes. Premiação a culpados renitentes e irrecuperáveis. Criminosos com credibilidade no que dizem. Castração de direitos e venalidade do patrimônio público. A mentira se transformando em verdade e vice-versa. Um vexame do Estado nacional.

 

Não. O Brasil não poderia ser conduzido dessa maneira. Quinhentos anos de existência devem apresentar algum handicap, algum plus, um algo mais. O que não pode é o mandonismo promover o desgoverno. É inconcebível, desinteligência até, querer resolver os problemas criando mais problemas. Sabe o que, na verdade, tudo isso significa? Tirar proveito da situação e o resto que vá para as cucuais.    

 

Deusval Lacerda de Moraes é economista

 

Deusval Lacerda*

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