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Domingo, 19 de maio de 2024
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Ana Regina Rêgo

Ana Regina Rêgo

anareginarego@gmail.com

03/12/2020 - 13h52

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Ana Regina Rêgo

anareginarego@gmail.com

03/12/2020 - 13h52

PESQUISAS SOBRE O FENÔMENO DA DESINFORMAÇÃO

 
WhatsApp audios and the remediation of radio: Disinformation in Brazilian 2018 presidential election

Pesquisa realizada pelos investigadores brasileiros Marcelo Kischinhevsky, Ítala Maduell, João Guilherme Bastos,Viktor Chagas, Miguel de Andrade Freitas e Alessandra Aldé e publicada esta semana na principal revista internacional de estudos radiofônicos, The Radio Journal: International Studies in Broadcast & Audio Media, analisa a dinâmica da desinformação envolvendo áudio nas eleições presidenciais brasileiras de 2018.

A partir de uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital-INCT-DD, que revelou uma rede de 220 grupos de WhatsApp com links de acesso aberto que apoiavam seis candidatos e, por onde circularam mais de 1 milhão de mensagens, com destaque para 98 mil áudios, os pesquisadores acima mencionados se debruçaram em dezoito áudios de maior circulação (totalizando 3.622 aparições) entre aqueles compartilhados pelo menos 100 vezes.

A observação dos áudios procurou identificar semelhanças e diferenças com a linguagem do rádio a partir do uso de elementos narrativos radiofônicos, tais como intimidade, linguagem coloquial, dentre outros, usados com o intuito de criar laços de afetividade e credibilidade no público-alvo dos áudios com conteúdos desinformacionais.
 
Acesse a pesquisa completa clique aqui. 
 
 
PHENOMENON OF FAKE NEWS

O trabalho das pesquisadores polonesas Paulina Pastawska e Anna Popielska-Borys publicado na revista Sciendo,analisa o fenômeno da desinformação em busca de respostas sobre  por onde circulam tais narrativas desinformacionais, quem são as fontes produtoras, principais personagens, quais os efeitos na audiência, acionados por mecanismos psicológicos e sociais que as notícias falsas carregam, para além disso, procuram identificar o processo evolutivo e a taxonomia do fenômeno.

O artigo ainda aborda as fake News como um fenômeno potencializado pelas novas mídias digitais e procura revelar ainda as tendências e estratégias de neutralização que estão atuando na sociedade.

Acesse o artigo completo aqui.

 
FAKE NEWS: COMO AS PLATAFORMAS ENFRENTAM A DESINFORMAÇÃO
 
O Coletivo Intervozes lançou recentemente a pesquisa intitulada Fake News: como as Plataformas enfrentam a desinformação. As pesquisadoras Bia Barbosa, Helena Martins e o pesquisador Jonas Valente, integrantes do Intervozes, procuraram descrever as principais medidas adotadas pelo Facebook, Instagram, WhatsApp e Twitter no combate à desinformação, tendo como recorte temporal os dois últimos anos (2018-2020), situando tanto um momento anterior em que o fenômeno da circulação das narrativas desinformacionais já se fazia presente em nível mundial, como ainda, nossa atualidade pandêmica. 


O estudo tem como foco principal uma análise sobre as condutas e medidas adotadas ou não, pelas gigantes do ambiente digital no combate à desinformação e como parte do processo, a pesquisa ressalta  o relacionamento atual e intrínseco entre os modelos de negócios das plataformas e a potencialização da visibilidade das narrativas desinformacionais utilizadas como estratégias de monetização por um lado, como também, como estratégias para obtenção de apoio político.

O estudo foi realizado a partir de quatro categorias previamente definidas e com as quais os pesquisadores analisaram a relação entre fenômeno social da desinformação e as plataformas digitais. A intencionalidade, segundo os autores, foi observar e analisar a partir do contexto e das regras existentes nas próprias plataformas e que de algum modo  tratam a desinformação. As categorias definidas para a pesquisa foram: 1. Abordagem do fenômeno; 2. Moderação de conteúdo; 3. Promoção de informações e transparência e 4. Medidas correlatas.

Para acessar a pesquisa clique aqui.
 
A CONSTRUÇÃO INTENCIONAL DA IGNORÂNCIA

As pesquisadoras Ana Regina Rêgo e Marialva Barbosa lançaram recentemente o livro acima mencionado e que aborda a construção intencional da desinformação que se tornou parte de um processo mercadológico e de manipulação política das massas em países como Rússia, Estados Unidos e Inglaterra, entre outros. Esse processo chegou ao Brasil impulsionado pela atuação de vários movimentos entre 2013 e 2016, embora rastros de que já estava atuando no Brasil anteriormente, existam. Novas conformações midiáticas e recursos tecnológicos foram acionados e aliados às ferramentas desenvolvidas pela Psicologia comportamental, com o objetivo de trabalhar narrativas diretas e direcionadas a cada perfil psicológico de público identificado, atingindo emoções, valores e crenças.

Neste livro, as autoras percorrem o caminho que levou o Brasil e os demais países citados a mergulhar em um processo de ignorância intencional que se caracteriza pelo negacionismo científico, histórico e por um confronto entre o jornalismo e o fluxo de informações falsas que correm via mídias sociais digitais.

O livro está disponível no site da editora Mauad.

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