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contato@acessepiaui.com.br

21/12/2021 - 08h38

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21/12/2021 - 08h38

Fomos avisados, essa dupla não engana mais!

 

"Pode-se enganar a alguns o tempo todo e a todos por algum tempo, mas não se pode enganar a todos o tempo todo" Abraham Lincoln.

Alguns teimam por uma questão de convicção serem enganados pela dupla Bolsonaro/Moro. Agora que esta dupla não engana mais ninguém disso ninguém tem dúvidas. Todo mundo foi avisado!

*****
Herivelto Silva Cordeiro é servidor público federal - nas redes sociais. 

MARRECO NÃO LEVANTA VOO

"Quando em cativeiro, o marreco costuma voar sempre abaixo dos 80 centímetros, não possuindo força para subir mais." Mundo Ecologia.
 
Segundo a última pesquisa IPEC (antigo Ibope), Lula tem 48% e venceria no primeiro turno. Sergio Moro teria apenas 6% das intenções de voto. O paranaense chegou a ter 11% segundo outros institutos de pesquisa. A queda aconteceu apesar da cobertura generosa e favorável que teve na grande imprensa. 

Ou seja, o homem que passou 580 dias preso tem 8 vezes mais intenção de voto (48% a 6%) do que o juiz parcial que o condenou sem provas. O mundo dá voltas.
 
Alguns jornais e duas revistas insistem em que a candidatura de Sergio Moro está decolando. Bem, só se ela estiver decolando com crescimento negativo, como o PIB do Guedes. Pobre Brasil. Viramos o país dos mitômanos. É o Guedes mentindo que a economia brasileira está decolando (quando está em recessão técnica). É a imprensa inventando mentiras sobre a candidatura Moro.

Os problemas eleitorais do Moro são vários. É inexperiente e intelectualmente opaco. Chama a atenção sua falta de cultura, eloquência e carisma. Sofre de excesso de ambição e de carência de escrúpulos. Aceitou ser, durante 16 meses, Ministro da Justiça do protoditador que ajudou a eleger. 

Enquanto ministro, foi o fiel escudeiro de uma família com notórios laços criminosos. Antes de Moro tomar posse, os jornais já haviam noticiado o enriquecimento ilícito dos Bolsonaro com rachadinhas (peculato) e a aquisição de grande número  de imóveis em dinheiro vivo.
 
O ministro Moro foi um extremista do primeiro ao último dia de sua gestão. Apoiou os arroubos autoritários do Presidente e suas tentativas de golpe. Perseguiu os críticos do protoditador com um fervor que não se via desde o fim da ditadura. Defendeu a exclusão de ilicitude, que permitiria aos PMs matar impunemente sob "violenta emoção”. Tratou como heróis os PM amotinados do Ceará. Baixou portarias que liberavam a aquisição de armas e munições. 

Moro provou ser tão fascista quanto Bolsonaro. Mas, infelizmente para ele, o gado prefere o fascista original — que é autêntico no seu racismo, misoginia e homofobia — ao imitador que usa terno e sabe comer de talher. 

Na visão da Direita, Moro traiu o Mito. Na visão da Esquerda, ele traiu o Brasil. Como todos odeiam traidores, o Marreco é hoje o segundo candidato mais rejeitado, só perde para o presidente.

Talvez o maior erro de Moro seja concorrer em 2022 defendendo algo similar à política econômica atual. Paulo Guedes deve completar o mandato com diminuição da renda per capita e níveis recordes de desemprego, pobreza, desigualdade e endividamento público. Pastore, o provável posto ipiranga de Moro, defende uma radicalização do atual ultraliberalismo econômico.
 
O candidato da rede Globo repete o discurso anticorrupção que elegeu Bolsonaro em 2018. Mas ele faz pior. Sua proposta de política anticorrupção destruiria a independência do Poder Judiciário e, na prática, rasgaria a Constituição. Tal política, praticada por alguém com o histórico de Moro, resultaria em perseguições políticas e no fim do estado democrático de direito. 

A grande imprensa tenta eleger, como TERCEIRA VIA, um candidato que promete repetir a agenda ideológica e a política econômica de Bolsonaro. 

Defender a candidatura Moro em 2022 é tentar vender a CONTINUIDADE como mudança. A EXTREMA DIREITA como Centro. O FASCISMO como Democracia. 

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Petronio Filho, doutor em Economia Unicamp.

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