A redução de 32 para 23 ministérios implantada pelo presidente da República em exercício, Michel Temer (PMDB), bem que poderia ter impactado positivamente na opinião pública que não anda satisfeita com a gastança dos governos com cargos comissionados. Mas a nomeação de sete ministros suspeitos de participação no Petrolão, citados com veemência nas investigações da Operação Lava Jato, manchou os primeiros passos do novo governo.
Michel Temer é citado em duas negociações de delação das empreiteiras Odebrecht e OAS. |
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Mesmo diante da gravidade, essas nomeações não causaram espécie, pois não se espera de um partido como o PMDB ações sintonizadas com a moralidade. Esses "personas non grata" na Esplanada dos Ministérios gera preocupação nos entusiastas do combate a corrupção que vibram a cada nova fase da Lava Jato. Doravante, ou a operação devasta o governo ou o governo devasta a operação.
Temer não se sentiu nem um pouco constrangido diante desse papelão. Afinal, ele também já foi citado em duas negociações de delação das empreiteiras Odebrecht e OAS.
A ausência de mulheres entre os nomes que vão compor o primeiro escalão do governo interino, que pode durar até 180 dias ou mais, dependendo do julgamento do Senado, chama a atenção. Isso não acontecia desde o governo de Ernesto Geisel (1974 -1979). Uma atitude inconcebível diante da necessidade de garantir a igualdade de gênero na política e em todos os campos.
Rogério Holanda
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