Facebook
  RSS
  Whatsapp
Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Colunas /

Editorial

Editorial

contato@acessepiaui.com.br

25/10/2017 - 17h56

Compartilhe

Editorial

contato@acessepiaui.com.br

25/10/2017 - 17h56

Aumento de impostos de W.Dias e a oposição que exige contrapartidas

 

A proposta de aumento de impostos encaminhada pelo governador W.Dias, que vem tramitando na Assembleia Legislativa, precisa de uma contrapartida da administração estadual. A oposição ao governo, ao tempo em que condena o projeto, vem cobrando que sejam feitos cortes na máquina administrativa. 

 

O pacote de medidas fiscais propõe um novo Refis, com anistia de até 95% dos juros e multas para que os devedores do fisco estadual coloquem suas contas em dia e, uma outra medida que aumenta a alíquota de ICMS para incrementar a arrecadação em cerca de R$ 150 milhões.

 

É que no começo deste ano o governador W.Dias trouxe para a administração o PMDB e com isso criou coordenadorias para abrigar indicados pelos deputados da sigla e outros partidos. Para a oposição, a administração estadual ficou inchada e precisa de cortes para voltar a respirar. 

 

Sobre as críticas da oposição, o secretário de fazenda, Rafael Fonteles, que esteve na semana passada na Assembleia para prestar contas do último quadrimestre, rebateu afirmando que o governo "conseguiu reduzir este ano as despesas em relação ao ano passado, o custeio da máquina pública caiu 6%, além disso os gastos com com cargos comissionados e coordenadorias não representam 1,5% do orçamento". 

 

O secretário afirma que o ponto fraco do governo tem sido as despesas crescentes com o pagamento de aposentados e pensionistas. Rafael afirmou que a crise econômica que assola o país contribui para o déficit fiscal e o déficit da previdência, que atualmente alcança cerca de 1 bilhão. “Dos 12% ou 13% do que se é arrecadado com as contribuições previdenciárias dos servidores, o Estado tem que complementar ainda com 26% ou 28%, que é a contribuição patronal. Além disso, temos um R$ 1 bilhão de déficit, que quem paga são os contribuintes do Piauí com recursos dos impostos”, ressaltou.

 

A verdade é que as contrapartidas cobradas pela oposição tem duas finalidades. Uma delas é fazer média com a opinião pública e assim tirar dividendos para 2018. A segunda e, a mais importante, é provocar um racha da base de sustentação de W.Dias, para assim construir uma alternativa de sobrevivência além de 2018, principalmente deputados estaduais da oposição que estão ainda sem horizontes sobre a formação da chapa majoritária que marchará contra W.Dias. 

 

O certo é que a conjuntura impõe que o governo W.Dias informe cada vez mais a opinião pública, seja mais transparente em relação a quantidade de cargos comissionados e terceirizados, sobre os recursos arrecadados, os que são empregados para manter a máquina pública e os serviços essenciais. É convidado a informar com mais clareza os gastos com a folha de pessoal, despesas com o pagamento de aposentados e pensionistas, sobre quanto dispõe de recursos para investimentos.

 

Tem circulado nas redes sociais, que o governo está atrasado com o pagamento de quatro meses de alguns fornecedores, principalmente de hospitais e clinicas que atendem pelo PLAMTA e IAPEP. Daí a necessidade de dar uma brecada nos gastos, analisar as perspectivas econômicas do país que vem pela frente e, de imediato tomar medidas que cortem na carne, além de construir alternativas para que a situação financeira do governo estadual, não entre em colapso, tal qual já aconteceu com outros estados. 

 

O final do terceiro mandato do governador W.Dias com certeza não será igual ao primeiro e segundo, quando naquela ocasião, ele contava com o apoio do ex-presidente Lula. W.Dias agora tem Temer na cadeira do planalto, que apoia somente quem vota a favor dele contra as denúncias de corrupção que estão tramitando na Câmara dos Deputados e que foram feitas pela PGR - Procuradoria Geral da República.

 

Os interlocutores de W.Dias junto a Temer são: deputados e o senador do PMDB; deputados, deputada e o senador do PP; logo o governador vem tendo que afagar esses aliados, que agora no aperto das finanças que vem passando o governo estadual, também terão que dar suas contrapartidas à W.Dias em termos de apoio, do contrário, ficará mais fácil para o governador enxergar com clareza e antecedência quem estará ao lado dele no palanque de 2018. 

Acesse Piauí

Comentários