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28/11/2017 - 12h01

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28/11/2017 - 12h01

As cobiçadas vagas majoritárias na chapa de W. Dias em 2018

Themístocles Filho (PMDB) está de olho na vaga de vice, hoje ocupada por  Margarete Coelho (PP)

 Themístocles Filho (PMDB) está de olho na vaga de vice, hoje ocupada por Margarete Coelho (PP)

PT, PP, PMDB, PSD, PSDB e JVC estão de olho. É que vai passando o tempo e W.Dias vai se fortalecendo para ficar mais quatro anos à frente do Palácio de Karnak. Com isso, olhos gordos se voltam para a vaga de vice na chapa governista; afinal, caso um quarto mandato se confirme, o companheiro de chapa, certamente, herdará em 2021, a exemplo de Wilson Martins em 2010, a caneta principal do executivo. 
 
 
Mas W.Dias não é besta, não é doido de abrir agora a discussão sobre sucessão estadual, exatamente porque até junho de 2018, período das convenções partidárias,  muita chuva - se Deus quiser - vai cair,  trazendo um bom inverno para o nosso querido Piauí.
 
O PP,  que já deu dois grandes balões em Dilma e nos petistas no período do impeachment, por enquanto vai mantendo a preferência, exatamente porque vem como aliado desde 2014, sem falar que o senador Ciro Nogueira tem sido um dos principais interlocutores do governo W.Dias junto ao Governo Federal. Contudo, isso não é novidade, pois Lula e W.Dias lá em 2010 ajudaram a viabilizar a vitória do senador do PP, quando conseguiram derrotar Mão Santa e Heráclito Fortes. Tem mais, os pleitos de obras dos Progressistas, nos então governos Lula e Dilma, sempre foram atendidos. Por último, os progressistas na Assembléia, deram uma de independentes e votaram contra o projeto do governo que tratava do Refis e aumento de impostos.
 
No caso dos petistas, estes já aprovaram no último encontro estadual que não abrirão mão de uma vaga na chapa majoritária para senadora Regina Sousa. Sem falar que num possível governo petista a partir de 2019, Lula, sendo eleito, precisaria de apoio do Senado e; no Piauí, caso W. Dias seja reeleito, precisará de uma pessoa de sua confiança na sucessão de 2022, quando poderá deixar o governo para se candidatar a senador.
 
O PMDB, mesmo com o atual presidente do Sistema S, João Henrique Sousa, com todo o apoio de Temer, desfilando em caravana pelo Piauí, dificilmente se viabilizará como candidato ao governo estadual sem o apoio dos deputados Themístocles Filho e Marcelo Castro. Estes parlamentares farão de tudo para compor com o governo petista de W.Dias. Não foi a toa que o governador abriu vagas para a participação dos peemedebistas em seu governo e muito menos a retribuição e o apoio que os parlamentares do partido tem dado aos projetos do governo que tramitam na Assembleia.
 
O PSD, de Júlio Cesar, que também deu balões em Dilma e nos petistas no período da votação do impeachment, também joga com a possibilidade de compor na chapa majoritária de W.Dias. É que o deputado Júlio Cesar, cansado de tantos mandatos parlamentares e, ao colocar o filho como sucessor natural, sonha agora com a chance de ocupar um cargo no executivo e, porque não como senador? 
 
O PSDB não é mais uma força política de peso no Piauí. Entre as poucas lideranças que ainda estão filiadas, estão: o prefeito Firmino Filho e os deputados Firmino Paulo, Marden Meneses e Luciano Nunes. Os prefeitos tucanos no estado não chegam a uma dezena e, o mais importante, os tucanos são hoje reféns da estratégia do senador Ciro Nogueira (PP), exatamente porque Firmino orientou a própria esposa, Luci Silveira; o médico Sílvio Mendes, o professor Washington Bonfim e outros a se filiarem ao PP. Firmino sonha com uma janela partidária, para mudar de partido e quem sabe ocupar uma vaga na chapa majoritária encabeçada por W.Dias. 
 
O ex-senador João Vicente Claudino, também sonha com uma vaga na chapa majoritária de W.Dias, embora negue esse desejo por onde anda. Para isso vem mantendo conversas com lideranças partidárias nacionais para voltar a política e, quem sabe, ingressar novamente no PTB e com isso conseguir viabilizar-se numa das vagas para o senado ou de vice.
 
É claro que a luta pelas vagas na chapa majoritária de W.Dias é alimentada porque a oposição ao governador é fraca e, em nível nacional, não tem ainda horizontes, uma vez que, o campo de centro está ainda descoberto, exatamente porque o governo Temer está com a popularidade na lona e as alternativas que vem se colocando contra o ex-presidente Lula - que cresce nas pesquisas - aparecem com fracos desempenhos.
 
Em resumo, a conjuntura nacional nos meses abril e maio de 2018, ou seja, vésperas das convenções partidárias, serão decisivas para saber quem ocupará as duas vagas de senador e a de vice na chapa de W.Dias. Os seguintes condicionantes influenciarão: o desempenho nas pesquisas do ex-presidente Lula e, da candidatura de centro direita, que deverá ser ocupada pelo governador tucano Geraldo Alckmin; o avanço ou recuo da candidatura Bolsonaro e; a viabilidade ou não do(a) candidato de oposição ao governo estadual; além, é claro, da avaliação junto ao povo da administração estadual e do governador W.Dias nas pesquisas. 
 

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