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Editorial

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contato@acessepiaui.com.br

29/12/2017 - 06h20

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29/12/2017 - 06h20

Que em 2018 a maioria dos brasileiros delegue menos e participe mais!

O maior desafio é participar e lutar para que o Estado Brasileiro deixe de ser controlado pelos descendentes dos portugueses, passe a lhe pertencer e seja colocado a serviço da maioria.                  

 

A maioria dos brasileiros foi induzida ou mesmo gosta de delegar a alguém pertencente a uma classe privilegiada que lhe represente, ou seja, faça por ele o que por acomodação considera difícil conseguir e ser ele próprio o protagonista da sua história, ou então, ele ainda dá pouca importância a sua cidadania política e termina por comercializar seu voto em troca de favores.  

Essa lógica faz com que a democracia brasileira avance a passos de tartaruga, basta ver que poucos eleitores se lembram em quem votaram para vereador nas eleições de 2016, menos ainda no deputado e senador em 2014.

A questão cultural influencia bastante no comportamento político do brasileiro, afinal desde a colonização o índio, o negro e depois o mestiço foram submetidos ao adestramento, a imposição de um comportamento servil, dependente e com baixissima auto-estima.

O Estado brasileiro não foi construído por esse mestiço e sim pelos portugueses e seus descendentes, que o controlam desde o descobrimento do país. Logo, ao mestiço cabe lavar pratos, descascar cebolas, limpar fossas, quebrar pedras, cavar buracos... ou seja executar trabalhos manuais, enquanto que aos bacanas cabe exercer funções de pensar e de mando, logo estes sempre herdam os melhores trabalhos e ou empregos e, gozam  de execelente condição social, econômica, política e cultural. 

Como quebrar essa lógica perversa? só com grandes investimentos em educação. Com certeza, os descendentes dos portugueses nunca farão isso. Só alguem comprometido com a existência social do mestiço será capaz de começar revolucionar esse comportamento servil. Aqui não se trata do povo colocar o seu destino nas mãos de um populista, mais sim deste se identificar e ser participante desse processo, sujeito da sua história.

O certo é que o tempo de autoritarismo no Brasil soma, nestes 517 anos da nossa história, mais de 450 anos. Logo, temos uma jovem democracia e, o pior, que é constantemente golpeada, tal como aconteceu mais recentemente, em 2016.   

Em 2018 teremos eleições para presidente, o mestiço terá novamente a chance de votar num presidente que ele mais se identifique, num candidato que tenha uma existência social colada ao seu mundo. Tem mais: para continuar quebrando essa lógica secular de dominação, o mestiço também é desafiado a escolher deputados e senadores mais identificados com o perfil do presidente escolhido.

Agora, o mais importante, pouca coisa mudará se o mestiço continuar delegando a partir de 2019 ao presidente e aos parlamentares eleitos, sobretudo, aqueles que ele escolheu para que façam mudanças estruturais (mais investimentos em educação, saúde, reforma agrária, justiça tributária, etc). Seu maior desafio é participar e lutar continuamente para que o Estado Brasileiro deixe de ser controlado pelos descendentes dos portugueses, passe a lhe pertencer e seja colocado a serviço da maioria.           



  

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