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Editorial

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05/01/2018 - 17h15

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05/01/2018 - 17h15

Ciro Nogueira e a estratégia pra botar W.Dias e o PMDB na roda

Senador dá um recado para os grandes partidos, do tipo, sou candidato a reeleição para o senado, seja pela chapa da situação ou de oposição.

 

O senador Ciro Nogueira, PP, faz atualmente questão de exibir o poder que tem junto ao impopular presidente Temer. Trabalha dia e noite para filiar prefeitos e deputados de todos as agremiações nas fileiras do seu partido e, agora por último, vem colocando o governador Wellington Dias e o PMDB de escanteio, quando o assunto é carrear recursos públicos para o Estado.

O deputado Heráclito Fortes já gritou bem alto que a bancada federal piauiense virou bibelô, só vem servindo de decoração, pois os recursos que vem para o estado, só chegam se for por intermédio do senador progressista.  

Mas, onde Ciro Nogueira quer chegar? Com certeza com cacife no período das convenções partidárias, que acontecem em junho, para impor ao governador W.Dias e ao PMDB que aceitem a chapa majoritária da situação como está ou então, que o prefeito Firmino Filho, indique o vice, que com certeza seria Sílvio Mendes.

O certo é que o tucano Firmino Filho vive hoje na sombra de Ciro Nogueira. É que até sua esposa, Luci Silveira, o ex-prefeito Sílvio Mendes e uma dezena de correligionários sairam do PSDB e abonaram a ficha do PP. Em resumo, o PSDB de Firmino já foi praticamente engolido no Piauí.

Nogueira, tal qual Wilson Martins, em 2010, sabe onde quer chegar. Passa por cima de pau e pedra para viabilizar a sua eleição, afinal além do STF no seu encalso, tem o seu espólio político que, em caso de derrota em sua reeleição para o senado, seria abocanhado pelo PSDB, pois o prefeito Firmino, além de dificilmente largar  a Prefeitura de Teresina para deixar nas mãos dos peemedebistas e, se aventurar como candidato ao governo, seria o herdeiro natural do progressista. 

Vejamos, foi só o governador Wellington Dias tirar férias no final do ano passado, que Ciro reuniu dezenas de prefeitos para anunciar R$ 50 milhões para o combate a seca. Sem falar que a segunda parcela, R$ 315 milhões, referentes ao empréstimo feito pelo governador junto a Caixa Econômica Federal, continua travada.  Acrescente-se a isso, dezenas de convênios que o senador do PP vem acelerando para que prefeitos adiram seu seu partido e por extensão, ao seu projeto político deste ano e do futuro.

Nesta sexta-feira, 05/01, o senador trouxe o ministro das cidades e o presidente da Caixa Econômica Federal, para liberarem  R$ 76 milhões para execução de obras de mobilidade, em Teresina. Com isso, fortalece sua candidatura ao senado e dá um recado para todos os grandes partidos piauienses, do tipo, sou candidato a reeleição, seja pela chapa da situação ou uma de oposição. 

Agora, é importante ressaltar, essa estratégia de trazer recursos tem um lado bom que poderá vingar, ou mesmo, não tenha tanto impacto, basta citar o exemplo da construção da galeria da zona leste de Teresina que até hoje não foi terminada e, isso é porque os recursos foram liberados em 2012, quando o prefeito da capital era o atual senador Elmano Ferrer (PMDB), na época aliado de Ciro Nogueira. Tem ainda o fator internet, pois a opinião pública e o povo estão mais espertos, mais facilmente pode-se consultar o passado e vida pregressa dos políticos. 

Tem também um desafio maior ainda a ser superado pelo senador Ciro, que é o de conseguir os votos suficientes do povo nas urnas, seja como candidato ao senado pela situação ou oposição. Em 2014, o então candidato ao senado, Wilson Martins, não logrou êxito usando uma estratégia bastante parecida com essa. Quem viver, verá! 
    

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