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09/01/2018 - 18h24

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O revezamento Firmino Filho e Sílvio Mendes e os tucanos órfãos

Se somarmos o tempo do professor Wall Ferraz no comando da PMT com o tempo de Firmino Filho e Sílvio Mendes, já se vão mais de 30 anos.

 

Em 1995 faleceu o professor Raimundo Wall Ferraz, que foi prefeito de Teresina por três mandatos. De lá pra cá já se passaram quase 23 anos. Se somarmos o tempo de Wall no comando da prefeitura da capital com o tempo de Firmino Filho e Sílvio Mendes, já se vão mais de 30 anos. 

A ameaça mais real nesse poder que mantêm até hoje foi quando o vice, Elmano Ferrer (PTB), assumiu a PMT por dois anos e em 2012 se candidatou a reeleição e não logrou exito, tendo perdido por uma pequena margem de diferença.

Mas, qual o segredo da longevidade dos tucanos a frente da PMT? Administrativamente, fazem o feijão com arroz, ou seja, pagam salários em dia, calçam favelas e mantem a cidade limpa. Do ponto e vista político, alimentam uma rede de cabos eleitorais mantidos via cargos de assessorias e de empresas terceirizadas. 

Somada a essa lógica, têm levado muita sorte nas disputas eleitorais, ou seja, uma vez disputaram a PMT com Alberto Silva (PMDB), após este ter deixado o comando do governo estadual com os salários dos servidores públicos atrasados. 

Outra vez disputaram com Adalgisa Moraes Sousa, cujo marido, o Mão Santa, saiu também do governo estadual deixando salários dos servidores públicos atrasados. 

O maior risco corrido até hoje que passaram foi na disputa com Elmano Ferrer, que ousou com algumas obras estruturantes e, por isso, apanhou muito durante a campanha eleitoral, basta recordar dos panfletos "anônimos" em que era taxado como um "pau mandado" do Grupo Claudino. 

Da última vez, em 2016, disputaram com Dr.Pessoa, que mesmo este andando próximo ao povo, não dizia coisa com coisa e, do ponto de vista administrativo apresentou propostas pouco viáveis, sem falar que não eram nem um pingo sedutoras. Do ponto de vista político, não conseguiu apoio confiante e firme de seus aliados. 

Ao feijão com arroz do PSDB em Teresina vem sendo acrescentado - até que enfim - obras de mobilidade urbana. E isso é porque nesse campo, os tucanos estavam atrasados mais de uma década. É que o senador Ciro Nogueira (PP) após largar Elmano, o "velhinho trabalhador", resolveu estrategicamente trazê-los para o seu colo e passou turbiná-los com o apoio de Temer, com algumas grandes obras na capital. 

Resta saber se a maioria dessas grandes obras sairão do papel, tal como criticava Elmano Ferrer, quando da não finalização do Projeto Lagoas do Norte, das galerias da zona leste da capital e do Parque da Cidadania. Da Ponte Estaiada e dos elevados nos cruzamentos das principais avenidas, da não integração e paradas= dos ônibus coletivos. 

Aliás, grande parte dessas obras - é importante que se diga - foi viabilizada com emendas do então senador João Vicente Claudino (PTB), graças a renegociação com o Banco Mundial feita por Elmano Ferrer, sem falar do apoio do governador W.Dias que nunca fez distinção partidária na hora de viabilizar obras simples e ou estruturantes.   

Atualmente em Teresina, estão sendo finalizadas, com bastante atraso, as paradas e os terminais de ônibus nas principais avenidas, além abertura de novas avenidas no perímetro urbano da capital. 

Esse oxigênio poderá até mesmo ajudar os tucanos para que fiquem mais trinta anos a frente da prefeitura, a não ser que alguém ainda desconhecido, do ponto de vista administrativo e político dialogue mais de perto com o povo do município e proponha rumos mais alvissareiros para a capital do que os tucanos já fazem. 

Caso essa alternativa de oposição não apareça em Teresina, o revezamento entre Firmino e Sílvio ainda vai vigorar por muito tempo, a não ser que Silvio Mendes seja viabilizado na chapa de vice do governador Wellington Dias e os dois tenham sucesso nas urnas. Caso isso não aconteça, não vai sobrar nem para o Washington Bonfim, Kleber Montenzuma, Edson Melo e muito menos para Luciano Nunes, nem em caso deste se viabilizar como candidato de oposição ao governo estadual este ano e não logre exito, pois terá dificuldades em 2020 para romper o revezamento entre o prefeito e o ex-prefeito na Prefeitura de Teresina.     

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