Para manter a criação de animais e plantio, muitos agricultores estão tendo que usar as economias. Há quase dois meses eles não recebem o dinheiro do projeto que tem com o Instituto Nacional de Colonização Agrária (Incra).
No assentamento Vale da Esperança, na zona rural de Teresina, 64 famílias dependem de recursos do Incra, mas a greve dos servidores está prejudicando o repasse do dinheiro.
No Piauí, o Incra, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, atua em 86 assentamentos, mas há quase dois meses, com a greve do órgão, as famílias estão sem receber assistência técnica e acesso ao crédito. Todos os projetos de fomento à agricultura familiar estão parados.
A greve iniciou no dia 25 de julho. Os grevistas pedem contratação de novos funcionários e reposição salarial. Para o analista do Incra, Leonardo Araújo, atualmente o órgão tem uns dos piores salários do poder executivo e isso desestimula tanto as pessoas entrarem no Instituto como a permanecer nele. Outro fato agravante é que 50% da força trabalho do Incra irá se aposentar em dois anos.
José Maria Alves vive da agricultura e torce para que o impasse se resolva logo para que o Incra volte a intermediar a compra da produção de hortaliças dele.
Nesta quarta-feira (22), os servidores do Incra participam de uma reunião, em Brasília, com representantes do ministério do Planejamento para discutir as reivindicações da categoria.
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