Na terça-feira (2), o juiz Francisco João Damasceno sentenciou, em Piripiri, Deoclécio Boaventura da Silva a 22 anos de prisão pelo assassinato de Maria de Lourdes Soares da Silva. O Ministério Público foi representado pela promotora de Justiça Everângela Araújo Barros Parente, que sustentou a acusação com lastro em provas produzidas durante o processo e também as colhidas na fase policial.

A sessão do Tribunal do Júri aconteceu no Fórum Desembargador João Turíbio. O Conselho de Sentença reconheceu o homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima e uso de asfixia.

O crime ocorreu em 2010, na estrada que dá acesso ao açude Caldeirão, em Piripiri. Maria de Lourdes, que sofria de problemas mentais e tomava medicação controlada, havia desaparecido no dia 16 de outubro de 2010. Dias depois, seu corpo foi encontrado nas proximidades do açude em avançado estado de decomposição. Frentistas de um posto de combustível informaram que a última pessoa vista com a vítima teria sido o marido.

De acordo com a promotora Everângela Barros, após ser preso por ordem judicial, Deoclécio confessou o crime, embora em juízo tenha se retratado e negado autoria. “No entanto, diante das demais provas apresentadas, o Conselho de Sentença acolheu os argumentos do Ministério Público e condenou o réu”, pontua a Promotora.

O réu já cumpriu 4 anos de pena, restando, portanto, com a dedução penal, 18 anos a serem cumpridos. O denunciado continuará preso, tendo sido negado o direito de recorrer em liberdade, embora o advogado de defesa tenha informado que irá recorrer.