“Às Mercês ó Maria imploramos. Do seu doce e fiel coração...” Por muitos anos ecoou no sertão do Piauí o cântico católico em honra a Nossa Senhora das Mercês. Mais precisamente, o cântico suavizava os ouvidos dos fiéis em uma comunidade emblemática daquela região: a Fundação Ruralista, em Dom Inocêncio.
A entidade que virou símbolo de assistência no sertão brasileiro tinha uma guardiã e protetora. Ao longo dos anos, seu povo assimilou o protagonismo de Maria das Mercês. A padroeira virou refúgio e fortaleza para aquela gente simples e acolhedora. Maria era a esperança no clamor por chuvas, nos pedidos de cura e nas preces por conquistas desejadas.
Capela de Nossa Senhora das Mercês, na Fundação Ruralista (Foto: Gustavo Almeida)
A padroeira da Fundação Ruralista sempre amparou os sertanejos da área em meio a tantas adversidades. Suas graças fizeram o dia 24 de setembro virar feriado municipal em todo o território de Dom Inocêncio. Para quem nasceu e cresceu por ali é impossível não ter na Padroeira uma fonte de fé e inspiração humana.
Imagem de Nossa Senhora das Mercês com o menino Jesus (Foto: Gustavo Almeida)
O salão onde ocorriam as lindas novenas e a capela onde aconteciam os terços a noite serão sempre lugares onde a presença da Mãe das Mercês se fará sentir mais forte. Digo mais forte porque lá aprendemos a externar nossa devoção, mas não tenho dúvida que Maria protege seus filhos onde eles estiverem. Esse singelo texto é um agradecimento por Ela não ter esquecido de um deles.
Gustavo Almeida
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