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12/01/2018 - 12h09

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12/01/2018 - 12h09

Só o voto popular fará a esperança brotar novamente no Brasil

É que a crise política e econômica parece não ter fim. E, o pior, poderá até mesmo descambar para consequências imprevisíveis.

 

O Brasil vive um clima de aparente traquilidade. É que a crise política e econômica que teve início no período da Copa do Mundo de 2014 parece não ter fim. E poderá até mesmo descambar para consequências imprevisíveis.

Neste primeiro mês do ano a falta de esperança está mais intensa. Do ponto de vista político,  movimentos sociais e partidos de esquerda preparam neste momento uma grande mobilização nacional para chamar atenção do povo para o julgamento do ex-presidente Lula, em Porto Alegre, no próximo dia 24 de janeiro.

Para isso essas organizações da sociedade civil vem criando em todo o país comitês em defesa da democracia e pelo direito de Lula ser candidato a presidente, nas eleições deste ano.

Do ponto de vista econômico, mesmo com o governo Temer comemorando a redução da inflação, não é isso que o povo vem sentindo no dia-a-dia. Basta ir a um posto de combustível abastecer o veículo para constatar o aumento quase diário dos preços da gasolina, óleo diesel e do etanol. É fato, que o preço desses produtos quase dobrou no período de apenas um ano.

Acrescente-se a isso o aumento exorbitante da energia elétrica e do gás de cozinha. E isso, diante de um salário mínimo que foi reajustado apenas R$ 17 reais, além do aumento das aposentadorias e pensões do INSS somente 1,88%. Sem falar do congelamento dos salários dos servidores públicos. Das reformas, como a trabalhista e terceirização que vem precarizando as relações e condições de trabalho no país.

Enquanto isso, o governo Temer e grande parte da mídia conservadora, liderada pela Globo, Folha de São Paulo e Estadão, propagam que a economia brasileira vem reagindo.

Não é isso que o brasileiro vem constatando no dia-a-dia, pelo contrário a sensação é de que o poder de compra vem diminuindo. Os cortes do orçamento doméstico são reais, além  da volta do crescimento do número de brasileiros vivendo na extrema pobreza. Da redução do número de veículos nas ruas, de pessoas nos aeroportos, nos supermercados, restaurantes, etc.

O pior disso tudo é que grande parte do povo seja contra ou favor dos governos petistas, que em 2014, 2015 e 2016 foi as ruas protestar contra a corrupção e em apoio as investigações da Lava Jato ao que parece está apático e anestesiado.

É fato também que passado o impeachmet da presidente Dilma, seguida da posse de Temer, que já está há quase dois anos no poder, o país continua sem esperança e dividido. É que o atual governo além de não conseguir debelar a crise,  possui um perfil ético e moral coberto de lama. Basta ver que os principais e atuais ministros foram delatados e denunciados por corrupção, além do próprio presidente que foi gravado negociando propina e seu principal assessor filmado carregando mala de dinheiro.

Acrescente-se a isso a subserviência da maioria dos deputados federais e senadores que livraram Temer por duas vezes de ser investigado pelo STF.  É importante dizer que isso foi conseguido graças a negociatas como liberação de emendas parlamentares e leis que beneficiaram ruralistas, bancos e sonegadores de impostos.

A depuração e assepsia das instituições brasileiras, do Congresso Nacional, Judiciário e Executivos precisam se aprofundar para que a esperança renasça e a democracia se fortaleça, com regras eleitoriais mais igualitárias, transparentes e respaldada pelo voto popular.

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) não tem o direito de impedir a candidatura Lula, isso porque estaria cometendo injustiça, pois além do argumento jurídico utilizado contra o ex-presidente ser frágil, vai  ficando cada vez mais claro que se trata de uma estratégia de perseguição política, na qual apenas o ex-presidente vem sendo ferrado de forma premeditada para que seja impedido de ser candidato nas próximas eleições.  

Só o voto popular fará a esperança brotar novamente no Brasil. Que seja presidente aquele (a) que tiver maioria dos votos dos brasileiros.  
 
 

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