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Sexta-feira, 03 de maio de 2024
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Editorial

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contato@acessepiaui.com.br

17/03/2021 - 09h14

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17/03/2021 - 09h14

Só regulação do Estado e concorrência melhoraria serviços da Equatorial

 

Se tem uma coisa essencial na pandemia é a energia elétrica. Todos nós estamos sendo convocadas, devido às medidas restritivas, a ficar mais tempo em casas para trabalhar e  se proteger, logo o uso de energia cresceu muito. Da mesma forma os estudantes, já que a maioria das escolas vem funcionando de forma remota.

O problema é que essa crescente demanda por mais energia não vem sendo correspondida a contento pela empresa privada que atualmente explora o serviço no Piauí. Principalmente agora no período de inverno, onde basta uma pequena chuvinha para a energia ir embora. 

Quem não lembra da passagem da entrada do mais recente ano novo em Teresina? Foi um Deus nos acuda, isso devido a fortes ventanias que se abateu sobre a cidade, somado ao despreparo da empresa Equatorial para resolver problemas de muitas famílias que amargaram prejuízos com a queima de eletrodomésticos e com alimentos estragados. Sem falar nos bares e restaurantes que armazenam bebidas e frios e que tiveram perdas enormes. 

Sabemos que o inverno piauiense é mais forte nos meses de março e abril. Infelizmente, a Equatorial continua lenta em resolver problemas, pois na maioria das vezes a energia vai embora bastando uma chuvinha fina. 

Infelizmente, o 0800 da empresa que atende os usuários é operado por uma robô que quando atende, "secamente" se limita a protocolar a reclamação da falta de serviço. Cabe aqui ressaltar que em determinados tipos de serviços seja necessário o uso de robôs para atender usuários. Agora, é desumano colocar o mesmo robô para atender o mesmo usuário que reclama mais de duas vezes pela falta de energia que já dura mais de 12 e ou 24 horas.

A resposta dada pela empresa tem sido que vem colocando mais equipes no Piauí para resolver problemas de falta de energia. Será este é o maior problema? 

No tempo da Eletrobrás, é claro que problemas de falta de energia existiam. Agora, antes de ser privatizada, a empresa pública foi "preparada", passando por uma queda de investimentos, que desvalorizou o preço da empresa, não foram feitos mais concursos e recursos humanos envelheceram, equipamentos elétricos ficaram ultrapassados; além de ter crescido de um ano pra cá, após a pandemia, a demanda por mais energia elétrica domiciliar. A excessão foi no governo Lula, onde a Eletrobrás teve um papel estratégico na universalização da energia elétrica no país. 

Com a privatização, um grande contigente de profissionais qualificados da então Eletrobrás, foi dispensada. Logo, a transição foi curta. O serviço passou então a ser mais caro e tocado por pessoas jovens e inexperientes. O horizonte da empresa passou a ser mais o lucro do que a enfase no social e zelo na prestação do serviço. E o pior de tudo, a Equatorial opera sem concorrência!

Energia é um direto e uma concessão pública, logo empresas privadas que operam o fornecimento e que usam dinheiro público para investimentos, não podem fazer o que bem quiserem com os usuários dos serviços. Ao Estado cabe regular e estimular a concorrência entre empresas fornecedoras desse serviço, além de facilar a produção e o uso de outras fontes de energia para os usuários consumidores.  

Ao Estado também cabe monitorar o sistema, autorizar aplicação racional das tarifas, fiscalizar os serviços e fazer valer os direitos dos usuários. É claro que a Equatorial paga impostos para o governo e deve buscar ter lucros e, que não sejam lesivos. Agora, é importante deixar claro: o patrão da Equatorial e do Estado, somos nós, usuários!

   

  

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