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acessepiaui@hotmail.com

19/09/2022 - 08h36

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19/09/2022 - 08h36

POLITICAS PÚBLICAS DE SAÚDE. ISSO É DA NOSSA CONTA!

 

Na semana passada, precisamente dia 14 de setembro o JN da Globo mostrou um documentário sobre as conquistas da Constituição Federal de 1988, onde falou sobre Politicas Públicas de Saúde. 

Imagine o Brasil sem o SUS, antes da CF de 88, onde para ter acesso à saúde era preciso trabalhar de carteira assinada. Hoje o Brasil tem 42 milhões de trabalhadores com carteira assinada ou seja 90 milhões de pessoas seria o universo a ter acesso à saúde. 

No Brasil somente após 300 anos de seu descobrimento por volta de 1808 é que o Estado promoveria as primeiras políticas públicas de saúde. Antes só funcionavam Instituições Médicas de origem beneficente. O tempo passou e em 1988 a nova CF trazia em seu art. 196: a saúde é direito de todos e dever do Estado e, posteriormente em 1990 teríamos uma Lei exclusiva sobre o SUS. 

Nesta segunda-feira, 19 de setembro, o SUS faz 32 anos de vida. 

Poderemos verificar que o SUS é o maior sistema de saúde do mundo, ou seja: o SUS além de ser o maior patrimônio da população brasileira não é apenas assistência médica hospitalar é também um importante instrumento de democratização da saúde no Brasil, conquista da sociedade brasileira e um dos preceitos básicos na universalização. 75% dos brasileiros dependem exclusivos do SUS, aproximadamente 165 milhões de brasileiros e brasileiras e 95% dos brasileiros usam o SUS direto e indiretamente, conforme pesquisa do Ministério da Saúde. 

O SUS é responsável pela realização de 2,8 bilhões de procedimentos anuais, por 90 % dos transplantes realizados no País, 3o. No mundo, realiza 90% dos tratamentos de AIDS. 

Durante a pandemia quem ainda tinha dúvida sobre a importância do SUS com certeza tirou essa dúvida. 

Agora vemos com muita tristeza o governo de plantão enviar propostas de orçamento para 2023 com cortes ABSURDOS em todas as áreas, mas nós vamos focar mais na saúde. Como se já não bastase a famigerada PEC 95, o orçamento de 2022 veio com 20% a menos que 2021 e o orçamento de 2023, 42 % a menos. 

Para se ter uma ideia na farmácia popular 59% de cortes, de 2,04 bilhões em 2022 para 842 milhões em 2023. Significa dizer que em 2023, 21 milhões de brasileiros não vão mais conseguir pegar remédios nas farmácias do SUS. Imagine alguém sem condições de comprar seus remédios e sendo obrigado a tomar ou MORRER e, não encontrar no SUS sem a perspectiva  de receber. 

Condenado pelo governo Bolsonaro a morrer, na saúde indígena o corte foi de 1,48 bi em 2022 para 610 milhões em 2023, na educação e formação em saúde 56% de cortes e 51% de cortes dos profissionais da atenção primária, educação infantil menos 96%, educação de jovens e adultos corte de 56% e por aí vai. 

Nós que fazemos o Controle Social no SUS vamos ter muito trabalho no próximo ano. Imagine se o SUS não fosse uma política de Estado. Estávamos lascados, pois eles querem mesmo acabar com o SUS. Nas minhas contas: Quem faz o Controle no SUS e não contribuir para para extirpar esse governo de Plantão é Traidor da Pátria. PENSE NISSO. 

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José Teófilo Cavalcante é estudioso do SUS, Ex Presidente do Conselho Estadual de Saúde do Piauí e Diretor do SINTSPREVS PI.

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