O ataque é a melhor defesa.

O centro-avante tomou cartão amarelo do Procurador-Geral da República, mas continua infernizando a adversária, recebendo a bola do PSDB, DEM e da Força Sindical. É arriscar o chute a gol contra a capenga base aliada, com certos jogadores do PMDB que fazem muito corpo mole.  

Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tem apoio para ficar em campo e esquentar o jogo. Não se fala em substituição. Ao contrário, os incentivos ao centro-avante cresceram.

Já é chamado de "guerreiro do povo brasileiro" e "herói". Segundo o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força Sindical, não há pessoa mais correta do que o goleador Presidente da Câmara dos Deputados.

A acusação de que ele é corrupto e lava dinheiro seria intriga total dos governistas, que, talvez, sabe-se lá, tenham comprado o árbitro.

O time está unido, garante Alberto Fraga (DEM-DF): "Muitos deputados estão dispostos a defender o presidente Eduardo Cunha dessa acusação indecente. Existe uma coisa chamada presunção de inocência."

José Carlos Aleluia (DEM-BA) manda chutar: "Resista a qualquer tipo de afronta e abra um processo para cassar essa presidente, que o Brasil já cassou. Nós faremos apenas uma parte do trabalho, porque a principal tarefa já foi feita pelo povo brasileiro nas ruas. O Brasil tem futuro, mas um futuro sem Dilma e sem Lula."

Nesse ritmo, Dilma Rousseff pegará cartão vermelho sem ter pego um único amarelo. O futebol tem dessas injustiças. A política tem desses golpes.