

O movimento pró-impeachment de Dilma Rousseff tem o apoio do deputado Heráclito Fortes (PSB-PI). O novo socialista argumenta que o processo é um instrumento político constitucional e não é golpe porque, para surtir o efeito desejado, "não se aciona baionetas, mas, sim, o voto dos parlamentares".
O movimento pró-impeachment de Dilma Rousseff não recebeu o apoio do deputado Afonso Motta (PDT-RS). O brizolista afirma que o processo requer o "fundamento essencial" do crime de responsabilidade, que não está caracterizado, e não pode ser algo "que se sustente apenas na vontade de um grupo , por mais expressivo que seja".
Enquanto Heráclito Fortes se fia na "vontade de o Brasil mudar" e "virar a página", Afonso Motta questiona a "ruptura" desejada, inclusive por deputados e senadores do PMDB, partido que tem a vice-presidência, ministérios e escalões mais abaixo sob controle (principal interessado no impeachment):
Será que uma ruptura, como querem alguns, sem uma fundamentação forte, vai contribuir para superar a crise econômica, a necessidade de um ajuste fiscal? Será que o eventual ministro que venha a ser indicado logo após, no dia seguinte, vai ter mais credencial que o ministro Levy ou deverá ser, sem entrar na pessoalidade, alguém que tenha condição de conduzir essa política econômica necessária do ajuste fiscal?
Será que a articulação política , com todas as dificuldades que vivemos - o momento é de dificuldades - vai ter a virtuosidade de levar o País a um bom termo, se as dificuldades se referem exatamente ás nossas instituições , ao nosso Congresso, ao nosso Poder Judiciário, ao nosso Poder Executivo? É pouco provável.
É virar ou rasgar a página.
Mauro Sampaio
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