O PSB de Eduardo Campos anunciou sua saída do governo Dilma. O primeiro grande passo para a candidatura do governador pernambucano ao Planalto já foi dado. Lideranças importantes do partido, como o governador do Piauí, Wilson Martins, deverão seguir a orientação nacional e em 2014, caso Campos se bote mesmo na disputa, irão marchar contra a reeleição de Dilma.
Mas será que as lideranças políticas das pequenas cidades do interior farão o mesmo? Ser oposição ao governo federal nunca foi tão difícil no interior nordestino como nos últimos 10 anos. Prefeito ou vereador dizer que é “contra” o governo do Bolsa Família, do Luz para Todos e do Minha Casa, Minha Vida é quase o mesmo que dá um tiro no próprio pé.
Em muitas cidades, políticos de partidos opositores a Dilma/Lula são um prato cheio para os adversários. “Eles são contra o Lula, que trouxe luz para vocês”, disparam os candidatos durante os pleitos municipais. E verdade seja dita: quem depende das políticas sociais “lulistas” faz chacota dos que são contra a Dilma.
Em 2010, algumas lideranças até votaram contra o PT, mas não fizeram o menor esforço de espalhar a informação entre os sertanejos. Outras, mesmo sendo de partido de oposição, como o PSDB, encheram os portões de casa com fotos de Dilma. No Nordeste essa cena não foi difícil de se ver. Agora chegou a vez do PSB ser contra Dilma. Justamente ele, que era aliado de primeira hora.
E agora? Como ficarão os vereadores do partido lá nas brenhas do sertão piauiense? Vão engatar campanha contra o governo idolatrado pela grande maioria dos rurícolas? Não sou petista e muito menos pretendo ser, mas a saída do PSB para tentar novos horizontes a nível de nação talvez não tenha sido vantagem para as pequenas lideranças socialistas nas cidades do interior do Nordeste. Mas tudo bem, vamos esperar para ver...
Gustavo Almeida
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