Milhares de pessoas no mundo costumam expor diversas situações do dia a dia nas redes sociais, como compartilhar fotos de viagem, de recordações, etc. Mas a publicação de imagens de tragédias, como acidentes de trânsito, vítimas fatais ou até atos de violência, tem se tornado cada vez mais comum nesses meios.
As pessoas estão vivendo mais em função de curtidas, de exibicionismo online e querem uma plateia para tudo, inclusive para acontecimentos trágicos. É a sociedade do espetáculo ou o circo de horrores?
O que é mais importante: gravar, fotografar um acidente ou ajudar vítimas? Postar desgraças nas redes sociais e compartilhar cenários de acidentes representam uma prática mórbida. Demonstram ainda falta de empatia, solidariedade e indiferença com o próximo.
Há alguns dias, uma situação chamou a minha atenção e a de milhares de brasileiros, a imagem da vendedora Leiliane Rafael da Silva, 29 anos, socorrendo o motorista de caminhão João Adroaldo Tomanckeves, 52 anos, que se envolveu no acidente com o helicóptero onde estava o jornalista Ricardo Boechat.
Ela, que assistiu de perto a queda do helicóptero, desceu da moto e correu para salvar a vida do motorista do caminhão atingido no acidente. Uma mulher forte, de coragem, que arriscou sua vida enquanto os homens a sua volta apenas se importavam em filmar.
Outra tragédia que chocou o país foi o da Boate Kiss, que matou 242 pessoas e deixou outras 636 feridas, em Santa Maria, na região central do Rio Grande do Sul. Durante o resgaste dos bombeiros, algumas pessoas filmavam os sobreviventes no chão e pessoas mortas ao invés de simplesmente ajudar ou socorrer alguém. Infelizmente, a falta de sensibilização a dor do outro é cada vez mais presente nesses acontecimentos.
No Piauí, também é comum essa prática. Acidentes de trânsito, violência contra a mulher, incêndios e tantas outras tragédias são frequentemente registradas por curiosos com celulares na mão para fotografar e filmar.
Até quando a tragédia alheia será vista como atração? Quanto vale uma curtida? Uma vida? Só desejo, um mundo com menos curtidas e mais solidariedade, mais empatia e amor ao próximo.
***
Marta Alencar é Mestranda em Comunicação (UFPI). Pós-graduada em Marketing Digital. Artigo reproduzido do site Observatório da Imprensa.
As pessoas estão vivendo mais em função de curtidas, de exibicionismo online e querem uma plateia para tudo, inclusive para acontecimentos trágicos. É a sociedade do espetáculo ou o circo de horrores?
O que é mais importante: gravar, fotografar um acidente ou ajudar vítimas? Postar desgraças nas redes sociais e compartilhar cenários de acidentes representam uma prática mórbida. Demonstram ainda falta de empatia, solidariedade e indiferença com o próximo.
Há alguns dias, uma situação chamou a minha atenção e a de milhares de brasileiros, a imagem da vendedora Leiliane Rafael da Silva, 29 anos, socorrendo o motorista de caminhão João Adroaldo Tomanckeves, 52 anos, que se envolveu no acidente com o helicóptero onde estava o jornalista Ricardo Boechat.
Ela, que assistiu de perto a queda do helicóptero, desceu da moto e correu para salvar a vida do motorista do caminhão atingido no acidente. Uma mulher forte, de coragem, que arriscou sua vida enquanto os homens a sua volta apenas se importavam em filmar.
Outra tragédia que chocou o país foi o da Boate Kiss, que matou 242 pessoas e deixou outras 636 feridas, em Santa Maria, na região central do Rio Grande do Sul. Durante o resgaste dos bombeiros, algumas pessoas filmavam os sobreviventes no chão e pessoas mortas ao invés de simplesmente ajudar ou socorrer alguém. Infelizmente, a falta de sensibilização a dor do outro é cada vez mais presente nesses acontecimentos.
No Piauí, também é comum essa prática. Acidentes de trânsito, violência contra a mulher, incêndios e tantas outras tragédias são frequentemente registradas por curiosos com celulares na mão para fotografar e filmar.
Até quando a tragédia alheia será vista como atração? Quanto vale uma curtida? Uma vida? Só desejo, um mundo com menos curtidas e mais solidariedade, mais empatia e amor ao próximo.
***
Marta Alencar é Mestranda em Comunicação (UFPI). Pós-graduada em Marketing Digital. Artigo reproduzido do site Observatório da Imprensa.
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião desta página, se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.