Ontem eu vi "Pastor Cláudio" e até agora não sei como juntar os pedaços de mim depois desse impacto. Como o Estado brasileiro pode ser tão violento? Como um torturador criminoso pode achar que não fez nada demais (ainda que a banalidade do mal da Hanna Arendt tenha lhe advertido para isso, acredite: você não está preparado para essa realidade). Quanto é muito mais difícil do que a gente pensa fazer um governo minimamente social no Brasil! Quanto muita coisa da ditadura militar não é uma coisa do "tempo da ditadura militar", mas permanece entre nós.
Essa determinação estúpida de Bolsonaro (comemorar a ditadura) só demonstra o quanto esse verme está vivo, sem constrangimento algum, porque torturar e matar seriam bobagens como ir na padaria comprar um pão. Se uma pessoa lhe faz oposição, elimene-a. Um tiro é uma coisa muito eficiente. Torturar é incrível, porque além de invalidar aquele opositor, você ainda manda um recado aos demais. Assim faziam os mandantes da ditadura e seus subalternos, torturadores orgulhosamente submissos, contentes de contribuir e alcançar algum tipo de poder. Assim fazem hoje com Marielle. Com todas as Marielles. Para quem ainda não entendeu a importância dessa moça, saiba que ela não era só "A" Marielle. Ela é muitos de nós, inclusive eu ou você. Por isso esse crime preciso ser elucidado e punido. Isso não é negociável.
No doc "Pastor Cláudio", em determinado trecho da entrevista, quando perguntado sobre a abertura política, Cláudio solta um sorriso (discreto, mas um dos poucos de toda a entrevista) e diz: tudo o que faziam na ditadura continua sendo feito.
Um lado bom? Torturador é frio, mas ele sente pelo menos um tipo de emoção: morre de MEDO das resistências.
Veja "Pastor Cláudio" e confirme que não há como classificar de outra forma uma autoridade do Brasil que defende a ditadura militar: é CRIMINOSO. Ponto. A determinação de Bolsonaro, mais do que nota de desaprovação das instituições, exige punição. E imediata.
(Em Teresina o filme está no Cinemas Teresina. Ele será exibido no Canal Brasil. Assistir é tarefa obrigatória nesses tempos).
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Samária Andrade é jornalista e professora doutora da Uespi, nas redes sociais.
Essa determinação estúpida de Bolsonaro (comemorar a ditadura) só demonstra o quanto esse verme está vivo, sem constrangimento algum, porque torturar e matar seriam bobagens como ir na padaria comprar um pão. Se uma pessoa lhe faz oposição, elimene-a. Um tiro é uma coisa muito eficiente. Torturar é incrível, porque além de invalidar aquele opositor, você ainda manda um recado aos demais. Assim faziam os mandantes da ditadura e seus subalternos, torturadores orgulhosamente submissos, contentes de contribuir e alcançar algum tipo de poder. Assim fazem hoje com Marielle. Com todas as Marielles. Para quem ainda não entendeu a importância dessa moça, saiba que ela não era só "A" Marielle. Ela é muitos de nós, inclusive eu ou você. Por isso esse crime preciso ser elucidado e punido. Isso não é negociável.
No doc "Pastor Cláudio", em determinado trecho da entrevista, quando perguntado sobre a abertura política, Cláudio solta um sorriso (discreto, mas um dos poucos de toda a entrevista) e diz: tudo o que faziam na ditadura continua sendo feito.
Um lado bom? Torturador é frio, mas ele sente pelo menos um tipo de emoção: morre de MEDO das resistências.
Veja "Pastor Cláudio" e confirme que não há como classificar de outra forma uma autoridade do Brasil que defende a ditadura militar: é CRIMINOSO. Ponto. A determinação de Bolsonaro, mais do que nota de desaprovação das instituições, exige punição. E imediata.
(Em Teresina o filme está no Cinemas Teresina. Ele será exibido no Canal Brasil. Assistir é tarefa obrigatória nesses tempos).
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Samária Andrade é jornalista e professora doutora da Uespi, nas redes sociais.
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