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Quarta-feira, 07 de maio de 2025
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20/11/2012 - 09h47

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20/11/2012 - 09h47

Autoridades têm ideias tolas para minimizar a seca no Piauí

Para cada ideia das autoridades piauiense da área ambiental para resolver o problema da falta de água, existe interesse escuso ou engodo.

 Tânia Martins

 

A cada ideia das autoridades piauiense da área ambiental para resolver o problema da falta de água destinada aos atingidos pela estiagem no semiárido, por trás, existe interesse escuso ou engodo, como é o caso do projeto de interligar as bacias hidrográficas do Estado, que está avaliado em hum bilhão de reais e que provavelmente jamais sairá do papel e mesmo que saia não será viabilizado tão cedo como deixam transparecer.

Já o outro projeto, puxado pelo o DNOCS e apresentado para a Comisão de Combate a Seca no Piauí, tais como Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, IDEPI e CHESF, principalmente, é o de abrir as comportas de todas as grandes barragens existentes no estado a fim de perenizar os rios que secaram e assim ofertar água para as populações e animais que padecem com a seca.

A decisão ainda não saiu. Porém, caso ocorra, não será de uma hora para outra que a água vai chegar para quem precisa, por diversos motivos, entre eles, a falta de estudos sobre as barragens relacionados a vazão e qualidade da água de cada reservatório. Informações repassadas pela própria comissão, hoje, o volume dos reservatórios não ultrapassam 30% da capacidade. Será que vão querer correr o risco soltar o pouco que resta?

É fato que a falta de implementação de um programa de gestão de recursos hídricos no estado, fundamental para monitorar barragens e rios existentes no Piauí, nunca foi prioridade das autoridades governamentais do estado ao longo dos anos. Sendo o pobre Piauí, o único estado do Nordeste que não tem gestão de recursos hídricos.

Assim, abrir as comportas das maiores barragens sem antes viabilizar os estudos necessários, principalmente relacionados ao volume e qualidade da água de cada reservatório, é uma responsabilidade muito grande que a comissão terá que arcar. Portanto, divulgar que vai resolver o problema dessa forma, sabendo que o fato só se tornará real em tempo hábil, é mais uma atitude irresponsável e maldosa dos gestores que ai estão.

Tânia Martins

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