Caros leitores e eleitores, estamos num ano eleitoral e a campanha já começou. Já estamos sendo obrigadas a ouvir jingles, barulho de foguetes, carreatas. Nos próximos dias a poluição sonora vai ganhar uma aliada, a poluição visual, pois as cidades serão palco de uma farra de anúncios em muros, placas, cartazes fixados nas paredes e os famigerados cavaletes nas calçadas e canteiros centrais de avenidas.
Essa parafernália toda incomoda, mas isso é fichinha diante da situação de desaso que a maioria dos brasileiros já vive. Nossa preocupação central deve ser em exercer nossa cidadania, votar sem pedir nada em troca. Vivemos numa sociedade representativa, onde escolhemos pessoas para nos representar. Quando escolhemos errado pagamos um preço muito caro meus amigos. O mandato tem duração de quatro anos, tempo demais para quem está sofrendo por falta de serviços públicos essenciais como saúde, educação e segurança.
Em períodos eleitorais recebemos a visita de inúmeros candidatos, cada um com suas propostas, a maioria delas mirabolantes, como nos casos em que aspirantes a vereador prometem empreender ações que só o Congresso Nacional pode fazer. Os candidatos a cargos majoritários já vem com o discurso, ou melhor, com jargões batidos, na ponta da língua. Prometem mais saúde, educação, lazer, emprego e renda, incentivo aos jovens. Até aí tudo bem, esses são os anseios da sociedade contemporânea, o problema é que muitos deles não sabem explicar como vão conseguir fazer isso.
É por isso, que para não cairmos em armadilhas, precisamos nos preparar para recebermos essas visitas. Para cada promessa que nos fazem devemos questionar: de que maneira você vai fazer isso? Isso realmente é de competência do cargo que você pretende ocupar? Existem recursos para isso?
Palpáveis ou não, o bom é quando o candidato nos aborda com propostas. É lamentável a postura de alguns que preferem andar falando mal de seus concorrentes. Quando você ver um candidato que fala mais dos defeitos de seus adversários do que de suas propostas, desconfie, pois, muito provavelmente, se trata de alguém desprovido de competência para administrar, além disso pode ser um exímio perseguidor, já que não respeita os adversários.
Outra observação importante: os marinheiros de primeira viagem tentam tirar proveito do ineditismo, tentam convencer que o fato de ele/ela está se candidatando pela primeira vez implica dizer que é a melhor opção, pode até ser, mas não existe nenhuma garantia. Sabemos também que a idade não é um fator determinante na constituição de um bom ou mau administrador.
Não precisamos, necessariamente, de governantes jovens, precisamos de gestores competentes e responsáveis com a coisa pública. Isso pode ser feito por um jovem, por um idoso, por um branco, por um negro, por uma mulher, por um homossexual, por um bi sexual...Não importa a idade e nem o gênero, o importante é a competência!
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