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21/01/2018 - 08h30

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Crimes de Cabral e a sua condução que lembra Roma antiga

Ao ser transportado de um presídio a outro; ou comparecendo onde a Justiça determinar, que seja conduzido como um réu de nosso século.

 

A chegada de Sergio Cabral, ao IML de Curitiba -para submeter-se à exame de corpo de delito-, protagonizou uma cena, enormemente, constrangedora. Pra todos (ou melhor, pra muitos). Arrastando os pés; acorrentado; braços algemados; um farrapo humano. Imagem bem diferente da gastança, ocorrida em 2009, num restaurante do hotel Ritz, em Paris. Alí, com empresários e políticos- destaque para Cavendish-, com lenços na cabeça, dançavam e esbanjavam saúde, luxo e riqueza. Cabral cometeu vários crimes. Faliu o Estado que governava; deteriorou o sistema de saúde e educação; deixou sem leitos, remédios, sem escolas, milhares de fluminenses. Por conta disso, deve ser julgado com os rigores da lei. Mas, ao ser transportado de um presídio a outro; ou comparecendo onde a Justiça determinar, que seja conduzido como um réu de nosso século. Nas arenas de Roma antiga, os prisioneiros eram jogados a leões famintos, para entusiasmo do público sedento de sangue. Nos primórdios da era Cristã, pouco havia de comiseração entre os romanos.

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Flávio Nogueira é médico e presidente do PDT-PI. 

Giuliano Gomes/PR Press/Estadão

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