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02/10/2018 - 14h57

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02/10/2018 - 14h57

Tal como 1989, ódio e manipulação despejados às vésperas da eleição de 2018

Isso é atentar contra a democracia e a inteligência, julgar-se acima do povo, como se o povo não tivesse capacidade de ver, julgar e decidir.

Debate na Globo entre Lula (PT) e Collor (PRN) em 1989

 Debate na Globo entre Lula (PT) e Collor (PRN) em 1989

Quem não se lembra da manipulação da Rede Globo na edição do debate entre Collor e Lula na reta final da campanha de 1989? Quem não lembra do sequestro do empresário Abílio Diniz com as camisetas do PT "encontradas" com com os sequestradores? Quem não lembra da manipulação das pesquisas? Quem não lembra do medo semeado entre a população do comunismo? Quem não lembra do depoimento da ex-mulher de Lula dizendo num vídeo que ele impôs que ela fizesse um aborto? 

Em 2018 isso não é diferente. Desta vez a Globo divulga faltando seis dias para a eleição, uma pesquisa do Ibope onde mostra o candidato petista, Fernando Haddad, estacionado com 21% e o seu adversário, Jair Bolsonaro (PSL) com 31%, ou seja, crescendo 3% em relação a última pesquisa. E, isso - pasmem - após milhões de mulheres no país inteiro fazerem a campanha do #EleNão maciçamente nas redes sociais! 

A pesquisa dá também uma sobrevida a Ciro Gomes (PDT) de 11%, como sugerisse sutilmente ao eleitor que Haddad está estacionado e pode não ganhar de Bolsonaro, logo sublinarmente prega voto útil para empurrar Ciro junto ao candidato petista na reta final e quem sabe assegurar o segundo turno. Também na pesquisa da Globo, Haddad e Bolsonaro aparecem empatados no segundo turno.

Tudo isso leva a crer que esse balde de água fria é também uma tentativa de desaquecer o crescimento do petista na reta final da campanha, desanimar a militância e quem sabe liquidar a eleição logo no primeiro turno, dando continuidade ao golpe com a mesma estratégia que levou ao impeachment de Dilma, a prisão de Lula e agora a tentativa desesperada de impedir que o PT volte ao governo federal.  

O drama da Globo e de setores do judiciário é que um dia antes, a pesquisa da CNT, registrou Bolsonaro com 28,2% e Haddad com 25,2%. E no segundo turno Haddad na frente com 42% e Bolsonaro 38%.

A manipulação não para aí. O juiz Sérgio Moro voltou ao teatro eleitoral, tal como fez às vésperas de Lula assumir como ministro da então presidente Dilma, quando gravou ilegalmente uma conversa entre Lula e a presidente e que foi divulgada de forma estrondosa pela Globo, exatamente para melar a ida do ex-presidente para o ministério. 

Não é que agora de novo, Moro tira o sigilo da delação do ex-ministro Antônio Palocci, seis dias antes da eleição, exatamente para também tentar melar a candidatura do petista Haddad. E o pior, uma delação requentada e já divulgada maciçamente pela Globo, exatamente tentar barrar o crescimento do PT na reta final da campanha. 

Tem mais. Não é que o presidente do STF, ministro Dias Toffoli vetou também nessa segunda-feira, 1º/10, a entrevista que Lula daria ao Jornal Folha de São Paulo, antes da eleição.

Como sempre a velha mídia liderada pela Globo, macomunada com interesses dos adversarios de Lula e do PT, com setores do judiciário jogam tudo sem o menor escrúpulo para impedir que o PT volte novamente a governar o Brasil. Para isso lançam os mesmos expedientes espúrios que já recorreram em campanhas passadas contra os petistas.

É verdade que os petistas no governo cometeram erros que precisam e devem ser reparados para o bem do país. Contudo, o que a sociedade brasileira não pode mais aceitar é que concessões públicas de TV e Rádio e setores do judiciário sejam usadas como partidos políticos, cujo objetivo é favorecer interesses que certamente não são os do povo brasileiro. 

Passados 29 anos, de 1989 para 2018 e, o que é pior, continuar substimando e tentando enganar ao povo, como se ninguém tivesse aprendido nada nesses anos sobre manipulação, picaretagem e ódio no fazer político ; é atentar contra a democracia, a inteligência e o bom senso, julgar-se acima de todo mundo, como se o povo não tivesse capacidade de ver, julgar e decidir entre quem sempre fez e faz mal a nação, de quem está mais próximo e representa a maioria dos anseios e interesses do povo brasileiro.

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