

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) continua no comando nacional dos tucanos. Ele cometeu ato falho em entrevista no Rio Grande do Sul e se declarou Presidente da República reeleito.
Na convenção nacional do partido, o derrotado em 2014 afirmou que está muito próximo da oposição virar governo. Há dois atalhos: rejeição das contas do governo petista de 2014 (as tais costumeiras pedaladas fiscais, praticadas desde sempre); e a preferida de Aécio, a cassação do diploma de Dilma e do vice, Michel Temer (PMDB), com a possibilidade dele ser o ocupante da vaga.
A presidenta concedeu entrevista exclusiva ao jornal Folha de S. Paulo e avisou aos adversários com "tendências golpistas" que não deve nada a ninguém, nunca roubou e desafia qualquer um a querer derrubá-la. Ela topou brigar pelo mandato, com apoio, em nota, dos partidos aliados, inclusive o dividido PMDB.
Aécio Neves reage: a golpista é Dilma. Porque mentiu, porque mente e porque não pede desculpas ao povo brasileiro pelas mentiras e pela crise econômica. Porque estaria querendo intimidar o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A luta política está interessante. Quem diz o que quer, ouve o que não quer, e vice-versa. O terceiro turno vai até 2018. Ou não.
Mauro Sampaio
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