

Os senadores Fernando Collor de Mello (PTB-AL), Ciro Nogueira (PP-PI), Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) e o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) receberam cedinho a visita da Polícia Federal. Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão pedidos pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A pomposa fase "Politeia" da Lava Jato tem o objetivo de "garantir a apreensão de bens adquiridos com possível prática criminosa e outras a resguardar provas relevantes que poderiam ser destruídas caso não fossem apreendidas".
Duas considerações a fazer sobre a pretensão do Ministério Público: se não há certeza de que algum bem foi adquirido com prática criminosa, estabelece-se uma novidade nas investigações, a "apreensão preventiva" de coisas para saber se essas coisas são ou não frutos republicanos.
A segunda: seria muita ingenuidade de parlamentares denunciados manter sob seus domínios territoriais "provas relevantes". A Lava Jato não começou anteontem, nem o indiciamento se deu ontem. O sustentáculo da operação é uma série de delações premiadas.
"Infelizmente no Brasil de hoje os atos invasivos passam a ser a regra", protesta o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que representa o senador Ciro Nogueira.
O show é que deve continuar
Mauro Sampaio
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