

O Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), declarou guerra a Dilma Rousseff após a revelação de que ele teria cobrado, com ameaças, 5 milhões de dólares do empreiteiro Júlio Camargo, um dos pegos na Lava Jato.
O Presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), gravou mensagem para a TV Senado para insultar o ajuste fiscal do governo petista e profetizar que os meses vindouros serão nebulosos.
A presidenta Dilma Rousseff pede imparcialidade e harmonia entre os poderes, "doa a quem doer". Enquanto isso, cresce a desaprovação ao seu estilo de enfrentar a crise econômica.
Diz o ex-deputado Ciro Gomes que ela precisa se reencontrar com o povo, urgentemente. Fora isso, o povo deve compreender que "impeachment não é remédio para governante que a gente não gosta; impeachment é para governante que comete crime" (em entrevista à TV Afiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim).
Até agora não é o caso de Dilma, mas os golpistas não estão nem aí. Cunha voltará do recesso parlamentar com o seu exército de fiéis deputados. Renan, puxando o tapete do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot.
Outrora, jovens inconformados com a precariedade dos serviços públicos e contra a corrupção ocuparam o gramado do Congresso Nacional. Queriam a cabeça de todo mundo. Chamaram a atenção com a exigência de um país "padrão FIFA".
A FIFA, sabem eles, está sob a mira do FBI. O Brasil gosta mesmo é do padrão Cunha, até que se prove o contrário. É mais ou menos a nova versão da Lei de Gérson.
Mauro Sampaio
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