

O Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), está orientado pelo advogado a evitar falar demais.
Inimigo declarado de Dilma Rousseff, o peemedebista ameaçou explodir o governo com uma pauta bombástica depois do vazamento da delação do empresário Júlio Camargo, na Lava Jato, que o acusou de promover achaques para obter 5 milhões de dólares.
É prudente esperar o que vem por aí. Se Dilma irá para os ares ou Cunha morrerá pela boca. Os fios da política estão desencapados.
Certo é que o Brasil é o paraíso dos que falam demais. As autoridades, nos três poderes, têm uma necessidade compulsiva de provocar, opinar, responder, ameaçar e antecipar resultados. Precisam dos microfones, constantemente.
Não se sabe se criaram o hábito de falar demais com os jornalistas ou se os jornalistas aprenderam com eles a serem falastrões. As redes sociais ampliaram essa indiscreta dependência da palavra.
Ninguém se cala mais. Policiais, procuradores e magistrados também querem dar espetáculo. Os pobres mortais, por que não? O silêncio está em falta no Brasil. É a crise.
Mauro Sampaio
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