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Segunda-feira, 12 de maio de 2025
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Mauro Sampaio

mauroadrianosampaio@gmail.com

07/08/2015 - 17h08

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Mauro Sampaio

mauroadrianosampaio@gmail.com

07/08/2015 - 17h08

Amai-vos, simplesmente

Parlamentares evangélicos querem longe das escolas qualquer debate sobre orientação sexual e identidade de gênero. O medo da "ditadura gay" tem momentos cômicos

Amar é querer; querer precisa de liberdade (foto: Mauro Sampaio)

 Amar é querer; querer precisa de liberdade (foto: Mauro Sampaio)

Afastada do Plano Nacional de Educação (PNE) a permissão para o debate sobre a identidade de gênero,  a bancada da Bíblia obstrui o tema nos planos dos Estados e municípios.

 

Escola não deveria se meter em assuntos familiares, especialmente abrir espaço para que a homossexualidade seja tratada com naturalidade. O deputado Lincoln Portela (PR-MG) parabeniza deputados estaduais e vereadores que conseguiram salvar crianças e adolescentes da "ditadura gay".

 

Para mostrar que não há intolerância em suas convições, Portela explica que o bullying tem mão dupla: atinge homossexuais e heterossexuais:

 

É preciso que se respeitem aqueles que deixaram de ser homossexuais, assim como outros que deixaram de ser heterossexuais. Ambos devem ser respeitados. Se alguém é homossexual, deve ser respeitado na sua escola e não deve sofrer nenhuma forma de bullyng.

 

Aquele que é heterossexual também deve ser respeitado e não sofre nenhuma forma de bullyng. Se alguém era homossexual e - por uma questão ideológica, religiosa ou filosófica - deixou de sê-lo, que seja também respeitado. Porque hoje há um desrespeito para com aquele que muda essa orientação impondo-se sobre ele que jamais poderá mudar de orientação.

 

Fica a dúvida depois da aula do deputado Lincoln Portela: se ele reconhece que há bullyng sexual nas escolas, por que tirar dos educadores o papel de enfrentar preconceitos? Opa, tocou a campainha. Hora do recreio.

 

Mauro Sampaio

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