

Da noite para o dia houve uma mudança radical no cenário político em Brasília. A oposição sentiu o contragolpe.
A Globo desistiu de apertar Dilma até concretizar o impeachment. o Presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou uma agenda (questionável) para tirar o Brasil do prejuízo e aceitou o pacto de unidade pela democracia. O TCU adiou o julgamento das contas governamentais de 2014. O STF decidiu que deputados e senadores devem analisar contas em sessão conjunta e desarmou uma "pauta-bomba" do Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). As margaridas marcharam pela Esplanada e avisaram que Dilma fica. Centrais sindicais e movimentos sociais abraçaram a causa "do respeito ao resultado das urnas", ainda que decepcionados com as medidas de ajuste fical "neoliberais" do Ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Dilma falou com mais contundência em defesa do mandato e do seu governo. Lula pediu paciência e, em liberdade, viajará pelo Brasil para defender o legado petista.
Tudo isso antes de mais uma manifestação dominical pela queda da presidenta, que o PSDB não garante marcar presença.
A montanha-russa deve parar. As fortes emoções do parque de diversões da política deixava todo mundo de cabeça para baixo. O jogo estava na posição perde-perde. Melhor saltar para a terra firme. Dilma, para governar; a oposição, para aguardar a vez de ficar na extremidade de cima da gangorra, em 2018. Montanha-russa é um perigo.
Mauro Sampaio
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