O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso esqueceu que governou o Brasil. Esqueceu que, fora o Plano Real, a gestão tucana não foi um mar de rosas. Nem na economia, nem na inclusão social, muito menos no combate à corrupção.

FHC esqueceu que passou a faixa para Lula, no dia primeiro de janeiro de 2003, com altíssima rejeição. As vacas ficaram macerrímas em oito anos de tucanato, época em que vender estatais a preço de banana era a grande obra. Quase se desfez da Petrobras, que iria se chamar Petrobrax para soar melhor aos ouvidos dos gringos. E a corrupção já estava impregnada na estatal, lembrava o jornalista Paulo Francis.

A história não registra um único pedido de desculpas de FHC - e sua turma - por ter feito o brasileiro sofrer tanto: sem perspectiva de emprego, inflação maior do que a de hoje, educação superior sucateada, estradas esburacadas, estaleiros naufragados, compra de votos para garantir a emenda da reeleição, mensalão tucano, Polícia Federal inoperante, um Engavetador-Geral da República e muito mais.

A trave no olho de FHC é do tamanho de um Maracanã, mas tudo foi perdoado com o passar dos 13 anos de muitos equívocos e malfeitos do PT. Quem governou tem o dever de saber que o que fala pode ser comparado com o que fez (ou não fez).